A cidade de Tubarão fica mais uma vez em destaque negativo na mídia nacional
A cidade de Tubarão fica mais uma vez em destaque negativo na mídia nacional. Outra questão envolvendo crianças. Desta vez, um suposto caso de tortura contra bebês de um ano de idade. Segundo a Polícia Civil, o crime foi cometido por uma professora de 29 anos, presa em flagrante na manhã de ontem, na creche municipal onde trabalhava em caráter temporário (ACT).
Os crimes teriam iniciado há cerca de 45 dias, quando alguns pais observaram os ferimentos nos filhos após o retorno da creche. O Centro de Educação Infantil (CEI) fica no perímetro urbano de Tubarão e é uma unidade educacional tradicional da rede pública do município. Segundo detalhes do inquérito, a diretora do local não sabia das agressões e não suspeitava da atitude da professora.
Conforme matéria do Jornal Diário do Sul, a suposta agressora não tem filhos, morava com a mãe em Tubarão e, além de lecionar para uma turma de 11 crianças na faixa etária de um ano de idade, também dava aulas para uma turma de 18 crianças em uma escola de Capivari de Baixo. É formada em História, técnica em Magistério e cursava o sétimo semestre do curso de Pedagogia em uma faculdade de Capivari de Baixo.
Assustada com a chegada da polícia em seu local de trabalho ontem, a educadora, que na teoria deveria cuidar e ensinar – o que ensinam aos profissionais na educação infantil -, negou o crime. Mas uma prova fez com que voltasse atrás e confessasse a tortura ainda na delegacia: um vídeo foi produzido pela equipe de investigação da Delegacia da Criança, do Adolescente, de Proteção à Mulher e ao Idoso. Os trabalhos iniciaram há cerca de dez dias. As imagens mostram a professora arrancando o bico de um menino de um ano e cinco meses, o sacudindo, dando um tapa em seu rosto, um soco na cabeça, ameaçando derrubá-lo da cadeirinha, apertando os seus braços e gritando. O menino, indefeso e ainda sem saber falar direito, chorava muito. Foi colocado de costas para a agressora, que ainda aparece no vídeo, disponível do portal DS, agindo de forma inapropriada com outras crianças.
“Existe a denúncia de três famílias. Ouse seja, três crianças, pelo menos, sofreram torturas desta mulher. Como são imagens fortes e o caso é contra bebês totalmente indefesos, enquadrei no crime de tortura da Lei número 9.455/97, que detalha o emprego da violência e grave ameaça e prevê uma pena de reclusão em regime fechado de até oito anos”, informa o delegado que comandou as investigações, Rubem Antônio Teston da Silva.
A equipe do Diário do Sul entrou em contato com a presidente da Fundação Municipal de Educação, Rosimeri Galvani, para falar sobre o caso da funcionária da rede, mas ela ainda não havia sido comunicada oficialmente sobre as supostas agressões e preferiu não se pronunciar, por enquanto.