Justiça afastou o homem das salas de aula, e Secretaria de Estado da Educação abriu sindicância interna
Um professor do Alto Vale do Itajaí é investigado pelo crime de pedofilia. Segundo a apuração da Polícia Civil, o homem compartilhava pornografia infantil com alunos. A Justiça afastou o educador das salas de aula até a conclusão do caso, e a Secretaria de Estado da Educação abriu um processo administrativo interno.
De acordo com a delegada Flávia Gonçalves, o fato veio a público no início do mês quando o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia e acionou as autoridades. Na semana passada a Polícia Civil conseguiu autorização da Justiça e recolheu computador, celular e pendrive do homem de 37 anos.
As investigações apontam que ele se valia da condição de professor para manter contato com alguns alunos do sexo masculino por WhatsApp. Era por meio desse canal que ele enviava fotos nuas e pedia imagens dos garotos, com idades entre 13 e 15 anos. Em alguns casos, recebeu arquivos dos meninos.
Segundo a responsável pela investigação, a análise prévia do material apreendido confirma as suspeitas. Ainda de acordo com a delegada, não se sabe o número exato de alunos que o professor fez contato porque mensagens podem ter sido apagadas dos dispositivos e só após a perícia haverá essa confirmação.
O professor dava aula em algumas escolas da rede estadual no Alto Vale do Itajaí, entre elas em Laurentino, de onde partiu a denúncia, e em Rio do Sul. Estudantes das duas cidades foram ouvidos pela polícia, bem como pais e professores.
Durante o interrogatório, o homem preferiu ficar calado. Como até o momento não houve pedido de prisão preventiva, ele está em liberdade. O conteúdo do inquérito está no Ministério Público, que vai decidir pela denúncia à Justiça e, aí sim, o professor passa a responder criminalmente pelos casos.
O homem foi enquadrado no Artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente que prevê pena de até quatro anos de prisão para quem “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, desde o início das apurações o professor de Artes está afastado das salas de aula em todos os colégios em que lecionava na rede pública, e professores substitutos estão sendo contratos.
Com informações do NSCTotal