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Professor acusado de aula com ‘viadagem’ não foi demitido, pediu demissão

O governo de Criciúma deve acrescentar ao rol de argumentos de defesa na acusação de exageros administrativos no processo do professor alvo de polêmica, que foi ele quem pediu exoneração.

Divulgação

Houve muita informação desencontrada no episódio que vem repercutindo desde a semana passada a partir de Criciúma, e que ficou conhecido como o caso da “viadagem”. Mesmo que isso não altere a repercussão que o episódio tem e continua tendo em todo o país, a equipe jurídica da prefeitura deve confirmar nesta segunda-feira (30) que antes do prefeito demitir o professor, ele pediu demissão. O fato deve ter relevância no processo jurídico.

Outro fato a ser divulgado são os procedimentos que teriam sido adotados antes da repercussão pública do episódio. A Escola Municipal Pascoal Meller teria uma ata lavrada a partir de denúncia apresentada por alunos à direção da escola, insatisfeitos com imagens mostradas em sala de aula. Observe-se que esta é a versão obtida junto a fontes da prefeitura.

O professor contratado pelo regime ACT (temporário), tem a seu favor o fato de que todo o material estava previsto na grade proposta nas aulas de artes.

No último sábado (28) houve uma manifestação de grupos LGBT, no Parque Municipal Altair Guidi – anexo à sede administrativa da prefeitura – reunindo manifestantes de várias cidades, em apoio ao professor. Ele já recebeu inúmeras manifestações de apoio,. inclusive de entidades como a OAB.

O ambiente na rede municipal de ensino é de alguma tensão. Especula-se que os diretores de escolas recebam orientações da equipe pedagógica para tratar destes assuntos com maior atenção. Em meio aos colegas do professor há manifestações veladas de apoio ou de rejeição, mas muita cautela. Percebe-se isso nas redes sociais dos professores, inclusive da escola onde o episódio foi registrado.

Apesar do governo negar que o fato tenha afetado o clima na rede de ensino, na última sexta-feira o governo municipal anunciou adiamento do desfile de 7 de setembro para o dia 15 de novembro. A alegação oficial é o risco do aumento de contágio da Covid-19, mas os números dos boletins diários revelam queda acentuada neste quadro. O mais provável é que a medida tenha sido adotada dada a proximidade da data o que poderia provocar protestos no dia do desfile.

Com informações do site ND Mais

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