Helio Fervenza e Elke Coelho mostraram construção se algumas exposições
Nesta segunda-feira (9), o primeiro dia do evento Ventilação: Processos Artísticos em Debate foi marcado pela apresentação dos artistas Elke Coelho e Hélio Fervenza que apresentaram a construção de algumas de suas exposições e obras de arte.
Para Hadda Biagione, bacharel em Artes Visuais, o projeto está promovendo uma grande troca de experiências entre os pontos de artes de Criciúma. "Acho que é importante para a construção dos futuros e possíveis artistas da comunidade e também para quem já tem um trabalho. Aqui é o artista presente falando sobre o seu trabalho", comenta.
Processos Artísticos:
A professora e artista Elke trouxe ao público criciumense o porque de utilizar objetos cotidianos como cotonete, palito de fósforo, alfinetes e botões em suas obras. Na abordagem ela enfatiza seu olhar de pesquisadora, que busca características físicas e sensórias.
"Se o objeto é macio, pontiagudo, frio, delgado, isso que me inquieta", disse Elke. "Comecei a notar que esses objetos também tinham características ambivalentes. Então isso me interessa porque um objeto pode ter muitas vozes. Como por exemplo o alfinete. Ele é delgado, é frio, asséptico, contundente e absolutamente delicado", explicou a artista.
Fervenza apresentou os processos artísticos de uma instalação realizada na Rússia. Foi analisando o clima do local, um verão de 25ºC e um inverno extremo de temperaturas negativas, e também fatos temporais como a descoberta de animais milenares congelados em perfeito estado de conservação, que nasceu o projeto O Tempo Que Faz.
O artista uniu a cronometria ao clima produzindo um vídeo com quatro mãos que passam um punhado de areia entre si, simbolizando o efeito de uma ampulheta. Mas, ao apreciar, o admirador é o responsável em criar a trilha sonora do vídeo utilizando um instrumento chamado de Pau de Chuva, o que lembra muito uma pancada de chuvas.
Colaboração: Mariana Noronha
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