O setor hortifruti é o que mais sofre, já registra perdas de 70 a 80% da produção.
Deve chegar a R$ 5,8 milhões o prejuízo da agricultura e pecuária de Criciúma por conta da estiagem das últimas semanas. A chuva fina que caiu entre esta quarta e quinta diminuiu o desconforto para as pessoas, animais e vegetais, mas não resolveu o problema da seca.
Conforme o gerente de agricultura do município, Salomão da Silveira, o setor hortifruti é o que mais sofre. Já registra perdas de 70 a 80% da produção. Um dos maiores produtores de hortaliças no município está com dificuldade para irrigar a plantação, uma vez que alguns dos açudes da propriedade secaram. “Os vegetais estão secos. Alguns produtores de tomate estão fazendo a irrigação à noite”, conta Silveira. Criciúma tem 220 agricultores que trabalham neste setor.
Na bananicultura o prejuízo pode ficar entre 30 e 40% da produção. Faltou água justamente na hora em que os cachos de banana começariam a pendoar, o que pode acarretar num produto menor e com menos peso.
Quem planta milho e feijão safrinha poderá ter perdas de até 50%. Já na pecuária de leite e corte este número fica perto de 45% na redução do peso dos animais. Além disso, o ciclo reprodutor pode ser afetado, com chances de se ter bezerros menores.
“Na sexta-feira vamos avaliar junto com a Defesa Civil e Administração Municipal se há necessidade de solicitar ajuda ao Estado. A situação em algumas propriedades é muito complicada e estes agricultores terão problemas para honrar seus compromissos, como nos financiamentos”, relata o gerente de agricultura.
Maracajá decretou situação de emergência devido à estiagem nesta quinta e Salomão afirma que a seca afeta Criciúma em proporções semelhantes.
A Tribuna
Foto: Chantele Barzan