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Prejuízo com a seca chega a quase R$ 17 milhões na Amrec

Criciúma é a cidade da região que registrou a maior perda: R$ 7,5 milhões

Das 11 cidades que compõem a Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), quatro já decretaram Situação de Emergência devido à estiagem, cinco consideram essa possibilidade e apenas duas praticamente descartam. Conforme publicou o Portal Clicatribuna, o prejuízo nos municípios que já fizeram o decreto chega a R$ 16,8 milhões.

A maior cidade da região foi a que registrou a maior perda: R$ 7,5 milhões. Praticamente toda a agricultura e a criação de animais foram afetadas pela falta de água, segundo o gerente de agricultura do município, Salomão Roman da Silveira. “Estamos distribuindo água para essas pessoas. Também procuramos expandir alguns açudes”, explica.

Falta água para consumo humano

Os agricultores de Içara perderam R$ 5,5 milhões. O responsável pela Defesa Civil no município, Celoney Carvalho, não esconde que a lidar com a estiagem se tornou um enorme desafio. “Estamos numa situação bem complicada mesmo. Várias comunidades do interior relatam falta de água e quase não temos mais de onde tirar para ajudá-los. Falta água nas casas, na agricultura e para o consumo animal”, relata Carvalho.

Em Forquilhinha, a preocupação é com consumo humano, avicultura, bovinocultura, safras de milho e feijão, plantações de hortaliças e indústrias. A cidade já registrou um prejuízo de R$ 3 milhões. Siderópolis também decretou situação de emergência. “Nossas perdas chegam a R$ 775 mil. Quem tem sofrido mais são os produtores de frango e de leite, sem falar na falta para o consumo humano”, explica o prefeito, Douglas Warmling, o Guinga.

Mais municípios em alerta

Cocal do Sul, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Orleans e Treviso não decretaram situação de emergência, mas “acenderam o sinal amarelo”.

Neste último, o fornecimento de água é fechado durante à noite como forma de racionamento. “Nossa represa já apresenta sinais preocupantes, por isso estamos fazendo uma campanha para economizar água. À noite, quando o consumo é mais baixo, liberamos o mínimo possível”, explica o secretário de planejamento de Treviso, Ernany Moreti. O menor município da Amrec tem a seu favor o fato de que 80% da receita provém da extração de carvão mineral, atividade que não sofre interferência com a estiagem.

Em Orleans, segundo o secretário de agricultura, Eduardo Righetto, produtores que têm aviários grandes relataram ter problemas com a estiagem. “Mas o fumo, que é a nossa principal atividade econômica, ainda não está na época para colheita”, afirma.

As chances de Lauro Müller e Urussanga decretarem situação de emergência são menores. Na primeira, aviários e lavouras, que dependem da água, estão conseguindo encarar a estiagem com os poços artesanais. Em Urussanga, algumas comunidades afastadas do centro registram falta de água, mas a Prefeitura consegue controlar a situação com caminhões-pipa.

A Tribuna