Em reunião realizada entre o prefeito, Mauro Candemil, e o presidente-executivo da Codesc, Miguel Ximenes, o líder do poder municipal de Laguna solicitou que Ximenes interviesse junto ao governo do Estado para seja cedida ao município a área total da extinta Codisc, hoje Codesc. O local é alvo de disputa judicial e abriga em torno de 300 famílias.
O prefeito alegou que a prefeitura está preocupada com as ações dos moradores daquele local. “Quatro casas já foram propositalmente incendiadas”, alegou o chefe do Executivo. Ele ainda solicitou que um novo prazo seja dado para aquelas famílias que não têm para onde ir.
Outra preocupação é com relação ao lençol freático, que corre o risco de contaminação. “Cerca de 40% do abastecimento de água do município vêm de lá”, destacou. A Secretaria de Assistência Social já iniciou o cadastramento das famílias e, segundo a prefeitura, das 120 lá existentes, apenas 53 compareceram.
“Isso significa que os demais moradores não encontram dificuldade de relocação. Desta forma, a princípio, a prefeitura assumiria a locação a essas famílias cadastradas até o presente momento, o que geraria um custo de aproximadamente R$ 20 mil por mês”, destaca o prefeito.
Ximenes recomendou que seja realizado um relatório minucioso e que este seja encaminhado ao governo do Estado e a outros órgãos governamentais a fim de que se possa sensibilizar o governo a doar a área ao município. “A transferência da área para Laguna seria muito mais importante para o próprio governo do Estado”, acredita Mauro Candemil.
Durante a conversa, o presidente da Câmara de Vereadores, Cleosmar Fernandes, sugeriu que fosse desapropriada a área do principal responsável pela invasão e, desta forma, cedida aos que ali se estabeleceram de forma irregular e que foram lesados. Os moradores alegam que pagaram pelos terrenos que ocupam e não sabiam que estes eram irregulares. O procurador-geral do município solicitou a Cleosmar que fosse criada uma lei capaz de realocar tais famílias.
Com informações do Jornal Diário do Sul