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Prefeitura de Laguna terá novo horário de expediente a partir de segunda-feira (19)

​Foto: Marco Bocão/Secom

​Foto: Marco Bocão/Secom

Moradores de Laguna, veranistas e turistas que necessitarem de atendimento na prefeitura devem ficar atentos à mudança no expediente do poder público. A mudança foi proposta pelo prefeito Everaldo dos Santos em um pacote de contenção de gastos, discutido com o secretariado no último dia 21. Conforme decreto publicado no Diário Oficial dos Municípios de Santa Catarina no dia 25 de setembro, o horário de funcionamento do gabinete do prefeito, secretarias, órgãos, fundações e demais estruturas administrativas será das 7 às 13 horas, de segunda a sexta feira, a partir da próxima segunda-feira (19). A medida não afeta os serviços essenciais, como os postos de saúde, Centros de Educação Infantil (CEIs), escolas, coleta de lixo e Guarda Municipal.

A previsão é que este novo horário possa render uma economia de energia entre 25 a 30%, principalmente com menos utilização de climatizadores. A proposta inicial é que este expediente perdure até o fim da temporada de verão: entre fevereiro e março. “Vamos economizar de todas as formas, já que houve grande redução de repasses de fundos da União para os municípios. A dificuldade financeira imposta neste ano não é exclusividade de Laguna. Prefeituras de grandes cidades no estado, como São José, Florianópolis e Blumenau, tiveram que tomar atitudes drásticas para conster os gastos. É issso que estamos fazendo em Laguna com a proposta desta reforma administrativa”, define Everaldo.

O chefe do executivo lagunense visa a economia de até 50% dos recursos até o fim deste ano. Desde o fim do mês passado, Laguna passou a ter somente três dos sete carros locados pela prefeitura, inclusive o veículo utilizado pelo prefeito foi devolvido. Além disso, todas as gratificações foram cortadas e o número de servidores comissionados foi reduzido. Também ficou definido cortes de secretarias: oito em vez de 12 e a redução de 12 secretários adjuntos para seis. Outro fator preponderante para enxugar os gastos foi a saída imediata de alguns imóveis alugados. “Já encaminhamos um projeto de lei complementar do executivo à Câmara de Vereadores”, informa procurador-geral da prefeitura, Leandro Schiefler Bento.

A Reforma Administrativa na Cidade Juliana acompanha a tendência de contenção de centenas de prefeituras do país neste ano. O governo de Santa Catarina também passa por dificuldades financeiras e já tomou uma série de decisões para frear os gastos. O Rio Grande do Sul passa por uma das piores crises da história do estado, um dos mais ricos do país. O salário de servidores catarinenses e gaúchos são pagos, em algumas cidades, de uma maneira parcelada.. Na União, onde a crise iniciou e não tem previsão de terminar, a presidente Dilma Rousseff cortou benefícios do primeiro escalão e adiou inúmeros projetos em vários estados. O governo federal anunciou, ainda, uma redução de R$ 2 bilhões em despesas discricionárias com DAS (cargos comissionados) e gastos administrativos. Dentro desta redução, o governo prevê a economia de R$ 200 milhões com corte de ministérios e cargos de confiança, e outros R$ 200 milhões em gastos com servidores (diárias, passagens, auxílio-moradia e telefone). Cerca de R$ 1,6 bilhão estão previstos em renegociação de contratos, como aluguel, manutenção, segurança e veículos.

Colaboração: Rafael Andrade