A informação é o bem mais precioso de uma empresa, por isso, protegê-la é fundamental. Nos primeiros 50 dias de 2017, a Administração Municipal registrou mais de 4,1 mil ocorrências de ataque aos servidores da prefeitura de Criciúma. Os funcionários da diretoria de Tecnologia da Informação (TI) trabalham diariamente para interceptar os hackers, monitorando as atividades e planejando métodos de defesa.
Históricos de tentativas de invasões são emitidos com frequência. “A tecnologia está sempre avançando, mas infelizmente os hackers também se atualizam. Para combatê-los estamos sempre trabalhando para criar rotinas de segurança e nos proteger. Possuímos vários firewalls, dispositivos de segurança, que nos auxiliam na proteção dos servidores da prefeitura, além de estarmos sempre monitorando os acessos ao sistema”, ressalta o diretor de TI da Prefeitura de Criciúma, Tiago Ferro Pavan.
A diretoria de TI possui 13 funcionários, sendo duas pessoas responsáveis diretamente pela elaboração de estratégias de segurança. “Os invasores criam robôs que são capazes de ficar horas tentando entrar no nosso sistema. Muitos querem invadir por diversão ou apenas encaram como um desafio. Já outros é para roubar informações ou ainda para lucrar, bloqueando o sistema e depois cobrando para desbloquear”, explica o diretor. “Pouquíssimas vezes tiveram êxito, mas sempre recuperamos rapidamente. A todo momento trabalhamos na prevenção, identificando os pontos vulneráveis dos servidores, depois mapeando e elaborando normas de políticas de segurança”, relata Pavan.
De acordo com o diretor de TI, é possível identificar os hackers. “A maioria dos invasores são precavidos, mas sempre é deixado rastros que podem levar a identificação do autor. No nosso relatório diário possui o número do IP (Internet Protocol), que é o endereço de acesso à internet da pessoa que está navegando, e a partir desse número, é possível abrir um boletim de ocorrência para rastreá-lo”, afirma. “Estamos sempre aprimorando os servidores da prefeitura para levar um serviço de qualidade às pessoas. Porém, quando hackers tentam atrapalhar nosso serviço prejudicam toda a população”, finaliza Pavan.
Penalidade
A Lei Brasileira 12.737 de 30 de novembro de 2012, conhecida como Lei Carolina Dieckmann, que modificou o Código Penal (CP), dispõe sobre delitos informáticos. “A invasão de dispositivo alheio, a fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita está sujeito a pena de detenção de três meses a um ano, e multa. Já a interrupção ou perturbação de serviço informático ou de informação de utilidade pública prevê a detenção de um a três anos, além de multa”, revela a procuradora-geral de Criciúma, Ana Cristina Youssef.
Colaboração: Émerson Justo / Decom