Prefeito de Urussanga escapou da cassação nesta segunda-feira mas mérito não foi analisado
O prefeito de Urussanga, Luiz Gustavo Cancellier escapou da cassação após mais de dez horas de sessão de julgamento na Câmara Municipal. Ocorre no entanto, que o mérito do processo que analisava a cassação não foi analisado e por isso, o entendimento agora é que nova denúncia possa ser feita. A previsão é que haja inclusive processo na justiça por improbidade contra o presidente da Câmara.
“ Na verdade, trata-se de mais uma manobra, articulada pelo presidente e vereadores que o apoiam. Não quiseram julgar o mérito, mas o judiciário já demonstrou estar calejado diante de tanta ilegalidade. A suspeição de todos está evidente, não adianta propor nova denúncia. Já em relação ao Presidente da Câmara, vai ser denunciado ao Ministério Público por ato de improbidade administrativa”, antecipa o advogado Alessandro Abreu, responsável pela defesa do vereador Taliano.
Por outro lado, o relator da Comissão Processante, Luan Varnier, do MDB, em nota oficial analisa que nova denúncia possa ser analisada
“Mesmo contrário ao meu parecer, a maioria acatou uma das teses de defesa e o procedimento, por ora, foi arquivado. No entanto, há possibilidade de ser analisada nova denúncia, sobre os mesmos fatos, já que o mérito não chegou a ser enfrentado”, diz um trecho da nota
A sessão na Câmara de Vereadores de Urussanga iniciou por volta das 9 horas da manhã a foi suspensa depois de o vereador Rozemar Sebastião, o Taliano, do PDT ser acusado de proximidade com o denunciado e por isso, estaria impedido de votar. Os trabalhos foram retomados mas a defesa de Taliano conseguiu liminar na Justiça para garantir que ele pudesse participar da votação do relatório final da Comissão Processante. O parecer foi pela cassação do prefeito em razão da Operação Benedetta.
O vereador Taliano é peça chave para a votação porque votaria contra o relatório, provocando placar de cinco a quatro e impedindo a cassação do prefeito já que seriam necessários seis votos para o afastamento definitivo dele. Os vereadores então acolheram uma preliminar para que o mérito não fosse votado.
Com informações de Karina Manarin para o ND+