O prefeito de Laguna, Mauro Candemil, sancionou a lei municipal que torna mais rígida a proteção aos botos-pescadores no município. Aprovada por unanimidade na Câmara, a nova lei proíbe totalmente o uso de redes de emalhe no Rio Tubarão no território lagunense, assim como em toda área de navegação a partir da entrada da Barra de Laguna.
Até então, os pescadores que praticam essa modalidade precisavam respeitar um quilômetro a partir da foz do Rio Tubarão, a chamada “zona de exclusão”, mas podiam fechar até um terço da largura do rio com a rede de emalhe a partir dessa zona.
Mesmo mais permissiva que a nova lei, a anterior nem sempre era respeitada. A Polícia Militar Ambiental flagra rotineiramente situações de redes dispostas de forma irregular, às vezes até cobrindo toda a largura do rio. Esses artefatos são responsáveis pela maioria das mortes dos animais, que já correm risco de extinção na região de Laguna.
Disque-denúncia
O prefeito também sancionou a lei municipal que cria um serviço de “disque-denúncia” para a população comunicar crimes relacionados ao meio ambiente de forma anônima. O projeto é de autoria do vereador Patrick Mattos de Oliveira (PP). Agora, o Executivo tem 60 dias para regulamentar esta lei.
Protesto
A morte de um boto no último domingo revoltou pescadores que exercem a atividade em parceria com os animais. Um protesto está marcado para as 10h desse domingo (8), nos molhes da barra. Os pescadores querem fiscalização mais rígida e conscientizar a população sobre a importância de denunciar quem desrespeita a legislação.
Com informações de Renan Medeiros / NSC Total