O prefeito municipal de Laguna, Mauro Candemil, realiza hoje, às 10h, em seu gabinete, uma coletiva de imprensa. O objetivo é, principalmente, se posicionar quanto à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito -CPI pela Câmara Municipal de Laguna.
A Câmara de Vereadores de Laguna definiu na quarta-feira a composição da CPI, que vai apurar denúncias protocoladas por Osmar contra o prefeito e o vice-prefeito, Julio César Willeman.
Ainda antes do evento, Candemil publicou em suas redes sociais uma nota de esclarecimento apontando que os primeiros cinco itens das denúncias, referentes a fatores como as obras executadas decorrentes da situação emergencial do temporal ocorrido em dezembro de 2016, a legalidade contratual de aditivo de locação de software e de utilização de veículos, a locação de imóveis sem utilização pública e supostos problemas com um aditivo relativo à iluminação pública poderiam ter sido, simplesmente, objeto de consultas, via requerimentos, como habitualmente e sistematicamente são enviados à PML para as devidas justificativas.
“Mantive-me sereno, providenciando que todas as respostas a estes questionamentos estejam desde já à disposição da Comissão Especial Processante. E observo que, com exceção de um, todos os demais são aditivos a contratos da gestão passada, que foram, pela atual gestão, adequadamente analisados e tiveram corrigidas incongruências, todos pactuados com suporte em pareceres do corpo jurídico da PML, para que não houvesse solução de continuidade ou interrupção de serviços essenciais”, declarou.
Candemil ressaltou que os aditivos são soluções adotadas enquanto são elaborados novos editais para novas licitações para atendimento das necessidades do município.
“Quanto à denúncia de uma servidora da 18ª ADR de supostas irregularidades ocorridas no âmbito daquele órgão do governo do Estado, repudio qualquer alusão de minha participação, como secretário-executivo, em qualquer ato ilícito. Acrescentando, ainda, que qualquer investigação de atos praticados no âmbito daquele órgão estadual não se inclui na competência investigatória da Câmara de Vereadores”, diz a nota.
Documento
O prefeito completa que vai provar “que tais denúncias são inverídicas, infundadas, armadas por pessoas com a finalidade de obter vantagens e criar obstáculos à minha administração, promovendo esta CPI com a expectativa de tomarem o poder, porque não lograram êxito nas suas pretensões. Adianto que um importante documento entregue pela denunciante ao departamento jurídico da 18ª ADR e que demostra manobras de um golpe institucional, visando à tomada do Poder Executivo municipal, já é de meu conhecimento e o apresentarei na coletiva à imprensa segunda-feira para ciência da sociedade”, disse.
Por maioria, os vereadores de Laguna aprovaram na noite de quarta-feira a criação da CPI. Na denúncia, Vieira destacou possíveis irregularidades na contratação de serviços pela prefeitura e em aditivos, como para locação de software de sistema de gestão da Secretaria de Saúde. O vereador anexou ao requerimento a denúncia feita por uma cidadã que afirma que houve irregularidades e fraude em licitação quando Candemil era secretário da ADR.
O presidente da Câmara, Cleosmar Fernandes (PMDB), após aprovado o requerimento, nomeou os vereadores Adilson Paulino (PSD), Antônio Laureano (PMDB), Rhomening Rodrigues (PSDB), Patrick Mattos de Oliveira (PP) e Rodrigo Moraes (PR), que vão agora se reunir e definir presidente e relator da CPI.
Com informações do Jornal Diário do Sul