Obras ficaram prontas em janeiro de 2016, mas local nunca fez nenhum atendimento. Construção custou R$ 532 mil.
Um prédio feito para ser um centro de recuperação de adolescentes dependentes químicos está abandonado em Criciúma. A construção ficou pronta em janeiro de 2016, mas nunca foi feito nenhum atendimento. O local foi alvo de furtos e depredações.
Há seis anos, Criciúma gastou R$ 532 mil para a construção. Ninguém na prefeitura quis falar sobre o prédio. A ideia era atender adolescentes com idades entre 12 e 17 anos. “Eles teriam atendimento psicossocial, atendimento espiritual, oficinas”, disse o presidente da Associação de Moradores do Loteamento Elisa, Jairo Machado.
Histórico
A verba para essa obra veio em 2012: um investimento R$ 500 mil, de um convênio com o governo federal, e mais R$ 32 mil do Fundo Municipal de Saúde de Criciúma.
Como o atendimento não começou quando o prédio ficou pronto, ele foi alvo de furtos e depredações. Então a prefeitura comprou os móveis, tudo de novo. Mas, atualmente, o lugar continua abandonado e pouquíssima coisa sobrou.
A Câmara de Vereadores disse que o município chegou a fazer uma licitação para contratar uma empresa que iria administrar o local, só que não sabem ainda por que a vencedora não assumiu. A Comissão de Saúde espera uma resposta do prefeito em 30 dias.
“Solicitamos algumas informações importantes a respeito da empresa que ganhou a licitação, a respeito do valor, a respeito do patrimônio que está sendo depredado destruído, roubado, furtado, quem é o responsável”, afirmou o vereador presidente da Comissão de Saúde, José Paulo Ferrarezi (PMDB).
Para deixar o lugar em condições de funcionar, vai ser preciso mobiliar tudo de novo, pela terceira vez. “Os danos causados pelos furtos, pela depredação desse prédio, pode ter certeza, já ultrapassam R$ 300 mil”, afirmou o vereador Jair Alexandre (PSC).
“Ninguém resolve nada e o centro de referência, que era para cuidar de dependentes químicos, hoje serve de refúgio para esses dependentes químicos que vem para cá, usam drogas, quebram, depredam”, lamentou o presidente da Associação de Moradores do Loteamento Elisa.
Com informações do site G1 SC