Os organizadores esperavam centenas de pessoas na manifestação de ontem, em Capivari de Baixo, contra o prefeito Moacir Rabelo. Porém, não foi bem isso que ocorreu. Poucos populares estiveram na Praça da Bandeira, local onde foi realizado o ato que pedia o impeachment do chefe do executivo. Conforme um dos organizadores do protesto, o professor Agnaldo dos Santos, pouco importou o número de participantes, mas a legitimidade da manifestação.
“Esperávamos que os vereadores pedissem o afastamento do prefeito para que os representantes do Tribunal de Contas pudessem analisar os gastos públicos. A situação é lastimável, não temos saúde, infraestrutura, educação e social”, lamenta Agnaldo.
Ele afirma que a cidade está abandonada e conta que apenas o seu veículo quebrou três vezes por causa dos buracos nas ruas. O profissional de educação salienta que, se antes o pedido era por uma operação tapa-buracos, agora o ideal é fazer toda uma reestruturação nas estradas.
O ato teve inicio às 15 horas, e a data foi escolhida por ser o aniversário político-administrativo da Cidade Termelétrica. “Queremos saber onde está o dinheiro que estava aqui e não está mais. Falta transparência dos gastos públicos. Infelizmente a administração do atual prefeito é apenas para alguns beneficiados como familiares, amigos e apadrinhados”, observa o professor.
Os populares se organizaram por meio das redes sociais. Além dos vários problemas existentes, o organizador destaca que há atrasos nos pagamentos para todos os fornecedores. No fim do mês passado, os manifestantes percorreram as ruas pela primeira vez, quando foram à Câmara de Vereadores e pediram o impeachment do gestor.
Promotor faz pedido de afastamento do chefe do executivo
No início do mês, o promotor de justiça Ernest Kurt Hammerschmidt ajuizou uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa e pediu o afastamento do prefeito, contudo a juíza Rachel Bressan Garcia Mateus negou a liminar. Um novo pedido foi feito, mas ainda não foi julgado.
Reajuste é concedido para ‘um’ servidor público
Ao que parece, a crise econômica não afetou alguns cargos na prefeitura de Capivari de Baixo. Isso porque o prefeito Moacir Rabelo enviou um requerimento de equiparação salarial à Câmara de Vereadores para reajustar a carga horária e o montante recebido para um representante da área jurídica, que foi efetivado na função no ano passado em razão do concurso público realizado em 2015. Até o ano passado, o Paço Municipal contava com três advogados em cargos comissionados e o montante recebido por eles atualmente é de R$ 6,6 mil.
Com a equiparação, o salário do mais novo operador de direito da prefeitura passará de R$ 2,9 mil para R$ 6,6 mil. O que causa estranhamento neste reajuste do funcionário público é que o agente de direito ainda não passou pelo estágio probatório de três anos e que exerce há alguns meses. Conforme um funcionário da prefeitura, este não é o momento de reajuste salarial, mas se o direito é para um, ele serve para todos.
Além do projeto votado pelos vereadores na última segunda-feira, o prefeito Moacir enviou à Câmara de Vereadores um requerimento que altera os vencimentos dos profissionais de mais três áreas: engenharia civil, contador e analista de sistema. A votação ocorrerá em sessão extraordinária amanhã, às 10 horas. Caso aprovado, o reajuste passa a valer de imediato, uma vez que a partir deste sábado não poderá haver alterações salariais por causa do pleito eleitoral.
Com informações do site Notisul