Pela falta de linhas marítimas, mais de 90% de toda a exportação da indústria cerâmica da região é encaminhada por outros portos catarinenses.
Empresários do setor cerâmico
de Criciúma e região puderam apresentar à direção do Porto de Imbituba as principais demandas do segmento com relação a área portuária em reunião na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic).
Pela falta de linhas e rotas marítimas disponibilizadas pelo Porto de Imbituba ao setor cerâmico, as empresas buscam outros portos catarinenses como o de Navegantes, Itajaí e Itapoá. São movimentados pelo setor 523 contêineres por mês. Grande parte do volume de produtos cerâmicos da região são direcionados aos Estados Unidos e ao Caribe. “Mais de 90% de toda a exportação da indústria cerâmica vai por outros portos. Queremos poder utilizar o Porto, com certeza”, reforça o secretário executivo do Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Criciúma e Região (Sindiceram), Luiz Alexandre Zugno.
O diretor comercial do Porto de Imbituba, Paulo César Dagostin, destaca o trabalho que tem sido realizado para aproximar o modal da comunidade portuária. “É uma satisfação estarmos aqui novamente porque essa demanda de hoje surgiu de uma reunião já realizada anteriormente na associação quando apresentamos o Porto de Imbituba. Nosso objetivo é aproximar o Porto da região Sul e poder proporcionar mais volumes de negócios, ouvindo as demandas do setor cerâmico e demais segmentos e, por meio, dos parceiros discutir a viabilidade de movimentação dessas cargas”, coloca o diretor comercial.
Entre as rotas de navegação necessárias para atender o segmento estão as direcionadas à América Central, Caribe, Cartagena, Golfo do México, América do Norte, Costa Leste e Oeste dos Estados Unidos, Europa e América Latina. “Também estamos sugerindo mais opções de armadores e de cabotagem para outros portos, fretes marítimos mais competitivos, mais linhas em serviço direto e rotas de longo percurso, o que oferece redução de custos. Armadores que disponibilizam embarques de contêineres fracionados e presença de agentes marítimos com preços competitivos”, pontua Zugno. Todas as reivindicações foram entregues à direção do Porto de Imbituba para estudo.
Expectativa de novas linhas
Conforme o gerente executivo da Santos Brasil em Imbituba, Paulo Pegas, o porto está muito próximo de oferecer linhas diretas de longo curso. “Viabilizar linhas diretas tem sido o nosso trabalho, ter o destino direto é a melhor opção. Estamos com duas tratativas de novas linhas com previsão de início para março de 2019. A escala de navios da Ásia no Porto de Imbituba nos deu credibilidade. Precisamos unir a exportação, a importação, o movimento das cargas do setor cerâmico e dos demais da região, além de parte do mercado do Rio Grande do Sul, para assim convencermos os armadores”, explica. O Terminal de contêineres do Porto de Imbituba é administrado pela Santos Brasil.
O diretor da Acic, Édio Castanhel, também conselheiro do Porto de Imbituba, reforça a contribuição da associação empresarial neste processo. “O propósito é fazer o Porto gerar negócios e esta aproximação com o setor produtivo é muito importante. A Acic pode fazer frente as associações empresariais da região para que os demais segmentos também mostrem seu interesse em exportar pelo Porto e para que, desta forma, o volume de cargas seja expressivo e viabilize novas linhas necessárias”, ressalta.
Também participaram do encontro que ocorreu na tarde desta segunda-feira, 04, o gerente regional do Terminal Intermodal Sul, Marcelo Siqueira e o gerente regional do Porto de Imbituba, Hemerson Silveira.
Colaboração: Deize Felisberto – Assessora de Comunicação da ACIC