A possível implantação de uma penitenciária industrial em Laguna foi debatida ontem, em reunião do Conselho de Desenvolvimento Municipal – CDM de Laguna, na qual o projeto foi apresentado.
Havia sido divulgado que a secretária de Estado da Justiça e Cidadania, Ada Faraco de Luca, estaria em Laguna para a reunião, mas a secretária não compareceu, enviando um representante da secretaria. O prefeito Mauro Candemil, que vem acompanhando o assunto de perto, participou. A redação fez contato com o prefeito, mas ele não atendeu ao celular.
A reunião teve uma grande movimentação de populares que se manifestaram contra a implantação da penitenciária. Antes de a reunião começar, os manifestantes se reuniram com cartazes em frente ao auditório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, onde o evento ocorreu.
Em primeiro momento, o conselho havia divulgado que a reunião ocorreria a portas fechadas, mas voltou atrás e permitiu a participação popular, que foi intensa. O CDM chegou a divulgar que transmitiria a reunião em sua página no Facebook, mas não fez a transmissão. Em função dos protestos, a reunião foi encerrada. Conforme populares que estavam no local, a única resolução foi pela realização de uma audiência pública para debater o assunto.
No começo do ano, Laguna começou a ser sondada pelo governo do Estado para receber a obra de uma penitenciária industrial. A proposta foi levada ao prefeito Mauro Candemil através da secretária de Justiça e Cidadania, Ada Faraco de Luca. O espaço pode abrigar até 500 detentos de baixa periculosidade que aguardam julgamento.
Candemil ainda não se posicionou sobre o projeto, afirmando que ele precisa ser discutido com a Câmara de Vereadores, a Associação Comercial e demais entidades. Segundo o prefeito disse em sessão da Câmara de Vereadores, Ada disse ter R$ 36 milhões para construir uma penitenciária. A obra teria que ficar pronta em 12 meses e contemplaria os presos com capacitação profissional.
Indústria
Em outra reunião, foi debatida a possibilidade da instalação de uma empresa de móveis gaúcha na Cidade Juliana, a Sierra Móveis, que ofereceria capacitação e utilizaria a mão de obra dos apenados. De acordo com o vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, os investimentos são de R$ 70 milhões. Inicialmente, seriam gerados 200 empregos diretos, com possibilidade de expansão para mil empregos.
Com informações do Jornal Diário do Sul