Segurança

Policial Militar condenado por tortura é excluído da reserva em Criciúma

Foto: Divulgação

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O sargento José Arlei Conti foi excluído ontem do quadro de servidores da reserva remunerada da Polícia Militar de Santa Catarina. A decisão foi expedida pela juíza Paula Botke e Silva, da Primeira Vara Criminal de Criciúma, em setembro do ano passado, quando o militar e mais outros envolvidos foram condenados pelo crime de tortura praticado contra um homem, que foi acusado de furtar uma motocicleta na cidade de Siderópolis no ano de 2009.

Conforme os autos do processo, na noite do dia 29 de novembro, o PM, os irmãos Amilton João Bottini, Anildo Bottini e outro envolvido não identificado, foram atrás de A. S. A., no município de Siderópolis, a fim de obter informações sobre o furto de uma motocicleta de propriedade de um dos irmãos, ocorrido três dias antes. Os envolvidos abordaram A., colocaram uma camiseta em sua face com o intuito de fazer a vítima confessar o furto e a localização da motocicleta.

Em depoimento, a vítima afirmou que a tortura durou cerca de duas horas, com o emprego de diversas ameaças: cortar os dedos, os pulsos, além de tentar afogá-lo. Ele negou que tenha furtado o veículo, mas durante a sessão de tortura, declarou que foi coagido a confessar o crime.

Durante o trâmite judicial, os três acusados negaram que praticaram o crime de tortura, porém a juíza Paula Botke e Silva, no dia 10 de setembro de 2015, condenou os três réus identificados a dois anos e quatro meses em regime aberto pelo crime de tortura, mediante emprego de violência ou grave ameaça e também mediante seqüestro. Além disso, o militar foi condenado à perda do cargo, cuja exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia de ontem. 

Com informações do site Clicatribuna