A Polícia Civil de Chapecó indiciou o empresário Pedro Fávero, de 39 anos, pelo homicídio da empresária Fabiana Diavan Fávero. Os dois eram casados, e Fabiana foi encontrada morta dentro de um armário no apartamento da família, em Chapecó, no dia 5 de julho.
O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Moura, ainda atribuiu quatro qualificadoras: feminicídio, motivo fútil, meio cruel e recursos que dificultaram a defesa da vítima. O empresário também vai responder por ocultação de cadáver (porque o corpo foi escondido em um armário), fraude processual (limpou a cena do crime) e furto qualificado (pegou o carro de um cliente para fugir) — já que Fávero fugiu usando o carro de um cliente do estacionamento que ele mantinha com a mulher próximo ao aeroporto de Chapecó.
O indiciamento contempla, ainda, posse irregular de munição de uso restrito e porte irregular de arma de fogo. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que terá cinco dias para apresentar a denúncia. O empresário pode ser condenado a uma pena de 20 a 53 anos de reclusão, segundo o delegado.
A polícia estima que a empresária Fabiana Diavan Favero, 37 anos, foi morta por volta das 18h do dia 4 de julho, por golpes de faca de cozinha no tórax e no pescoço. Ela só foi encontrada por familiares próximo às 12h do dia seguinte, em um armário onde o suspeito guardava armas, no apartamento onde o casal morava com o filho, de 17 anos.
As câmeras de vigilância do prédio mostraram que Fávero saiu do apartamento por volta das 19h. Ele foi até o estacionamento de carros que o casal tinha próximo ao aeroporto de Chapecó, pegou um carro de um cliente e fugiu em direção ao Paraguai. Durante o trajeto, sofreu um acidente no Paraná, mas conseguiu fugir até o país vizinho.
A Polícia Civil conseguiu contatá-lo e, depois de uma negociação de 30 horas, convenceu-o a se apresentar. O empresário pegou um ônibus em Foz do Iguaçu e foi monitorado até sua chegada em Chapecó, na sexta-feira passada dia 7 de julho. Fávero se apresentou às 7h30min daquele dia na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso em Chapecó. Ele optou por permanecer em silêncio durante o depoimento.
A Polícia Civil também não quis informar o motivo do crime. O suspeito está detido preventivamente há uma semana, no Presídio Regional de Chapecó. Procurado, o advogado dele, Alexandre Amorim, disse que não poderia falar.
Com informações do site Diário Catarinense