‘Baleia Azul’ surgiu como uma desafio macabro com tarefas feitas durante 50 dias, em que a última delas é o suicídio (Foto: Marco Favero / Agência RBS)
A Polícia Civil de Joinville cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de uma jovem suspeita de ser uma das “curadoras” do jogo Baleia Azul — espécie de desafio com tarefas a serem cumpridas durante 50 dias, em que a última delas é atentar contra a própria vida. A ação ocorreu na manhã desta terça-feira (18), no bairro Anita Garibaldi.
A operação policial faz parte de uma ação deflagrada em oito estados brasileiros em investigação liderada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática – DRCI do Rio de Janeiro.
De acordo com o delegado Rodrigo Aquino, responsável pelas investigações em Joinville, a polícia vistoriou a casa de uma mulher de 18 anos no bairro Anita Garibaldi na manhã desta terça. A suspeita é de que ela seja uma das incentivadoras da ‘Baleia Azul’.
Na casa da jovem foram apreendidos aparelhos de notebook, celulares e CPU’s. Os equipamentos vão passar por perícia e o resultado das análises deve ser enviado à DRCI.
Ouvida pelo delegado, a jovem disse em seu depoimento que se passava por uma das curadoras do jogo para ajudar as crianças e adolescentes. A justificativa seria de que ela passou por depressão e gostaria de ajudar as vítimas do jogo.
A polícia vai analisar o conteúdo dos equipamentos apreendidos, além da versão da jovem. A equipe de investigadores no Rio de Janeiro ficará responsável por decidir se irá pedir a prisão da suspeita.
Operação nacional
Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão nos estados do Amazonas, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Um homem foi preso no Rio de Janeiro.
Conforme o delegado Aquino, em Santa Catarina, além do mandado cumprido em Joinville, houve diligência policial nas cidades de Araquari (1), Florianópolis (1), São José (1) e Chapecó (3).
Em Araquari, o delegado Fábio Estuqui, cumpriu mandado de busca e apreensão em um endereço que está no nome da mãe da mesma jovem investigada. Segundo ele, o local está abandonado e nada foi apreendido.
Com informações do site Diário Catarinense