Os crimes de furto de gado foram registrados nos municípios de Morro Grande, Turvo, Meleiro, Ermo, Timbé do Sul, Maracajá. Nesta sexta-feira três pessoas envolvidas foram presas
O crime de abigeato (crime de furtos envolvendo animais do campo, destacando entre esses o gado) é difícil ser investigado, uma vez que acontece durante a madrugada, então não há testemunhas, ninguém é visto e no local fica apenas a carcaça do animal abatido.
Nos últimos meses, vários crimes de abigeato foram registrados nos municípios de Turvo, Meleiro, Morro Grande, Ermo, Timbé do Sul, Jacinto Machado, Maracajá, entre outras cidades do Vale do Araranguá, trazendo grande prejuízo aos proprietários dos animais abatidos.
Por isso, a Polícia Civil da região se mobilizou e conseguiu apreender grande quantidade de carne, na tarde desta sexta-feira, dia 14.
Conforme o delegado André Gazzoni Coltro, titular da delegacia de Turvo, a investigação começou há meses, sendo que a Polícia Civil chegou a identificação de um casal morador do bairro Polícia Rodoviária, em Araranguá que foi apontado como sendo receptadores das carnes furtadas.
Diante dos fatos, por volta das 15 horas desta sexta-feira, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois, em duas residências localizadas na Rua Eduardo Generoso Pereira, no bairro Polícia Rodoviária, em Araranguá. “Havia informação que nos locais havia carnes oriundas de furto de gado, o abigeato, ocorrido muito nas propriedades rurais de municípios do Vale do Araranguá, sendo que o último praticado foi nesta madrugada na localidade de Pedras Grandes, interior de Morro Grande”, explicou o delegado André Coltro que comandou os trabalhos.
Durante as buscas que foram capitaneadas pelo delegado André e realizada em uma ação conjunta com o delegado Jorge Giraldi, coordenador da Divisão de Investigação Criminal de Araranguá e dos agentes da Polícia Civil da DIC, Meleiro, Morro Grande e Turvo foram apreendidos aproximadamente 100 kg de carne, um revólver calibre 38, munições e um veículo VW Parati usado para levar os matadores dos gados e transportar as carnes furtadas.
Carne e passaros silvestres
Os policias constataram que em muitos pedaços de carne havia sujeira de grama e terra, o que para eles, comprova que os animais foram abatidos no pasto.
Em alguns quilos de carne que ainda estava fresca foi encontrada pelos, sendo que o material será periciado para ligar aqueles pedaços aos do boi abatido durante essa madrugada em Morro Grande. Foi tanta carne apreendida que o material foi levado dentro de um freezer.
Também durante o cumprimento dos mandados, pássaros silvestres foram apreendidos e a Polícia Militar Ambiental esteve no local para recolher os animais. Segundo o delegado Jorge Giraldi, aproximadamente R$ 2.300,00 que estavam escondidos em meio as roupas também foram apreendidos.
A proprietária da casa de 54 anos, onde foram apreendidos quase 60 kg de carnes que estavam em um freezer e em congeladores de duas geladeiras, alegou que comprou o quilo da carne à R$ 10,00, sendo que um homem oferece o produto e outro passa para entregar. Porém, a polícia acredita que ela e seu esposo de 56 anos revendem a carne aos vizinhos. Ambos foram presos em flagrante pelo crime de receptação de carne furtada. Já o filho do casal de 31 anos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munições.
Durante as diligências, Gelson de Souza Roldão de 29 anos foi detido quando entregava carne furtada em uma Parati.
Segundo ele contou ao delegado, durante a madrugada ele levou dois comparsas até a comunidade de Pedras Grandes, em Morro Grande e depois voltou para busca-los, juntamente com a carne furtada após o abatimento do animal. Ele foi preso em flagrante também pelo crime de receptação.
Com a prisão destes indivíduos, a Polícia Civil elucida praticamente todos os furtos de gados ocorrido na região nos últimos meses. Foi identificado todos os integrantes da quadrilha e prisões podem ser feitas ainda no decorrer da próxima semana.
Os pássaros silvestres foram entregues à Polícia Militar Ambiental de Maracajá e as carnes serão entregues a CIDASC – Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina.
Com informações do Contra o Crime
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