Olá, caros leitores!
Mais uma vez estamos aqui na coluna Gestão e Finanças, trazendo para vocês um tema fundamental tanto para os empreendedores que querem montar uma empresa, quanto para aqueles que já possuem seus negócios. O tema é planejamento empresarial.
Existem estudos que apontam que os empreendedores brasileiros são os que possuem menor disposição em investir no planejamento do negócio, quando comparados com empreendedores de outros países, como Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Alemanha entre outros.
O planejamento é algo que podemos fazer antes de agir, definindo escolhas e caminhos com objetivo de atingir algo no futuro. Este algo, pode ser aumento das vendas, ampliação do mercado de atuação, aumento do lucro, desenvolver novos produtos e serviços, melhorar o atendimento, reduzir prazo de entrega… ou montar um novo negócio.
Um estudo do SEBRAE de 2015 aponta que, como característica fundamental das empresas sobreviventes com mais de dois anos de existência é que estas executaram um planejamento empresarial de pelo menos 11 meses, e que este planejamento obedeceu a critérios rigorosos quanto a qualidade das informações e das etapas do planejamento. Das empresas constituídas em 2014, 30% fecharam segundo tal estudo do SEBRAE, e onde, 18% destes empresários alegaram que fecharam seus negócios por falta de planejamento. E 50% dos empresários que fecharam, ficaram em uma situação financeira pior do que quando iniciaram seus negócios.
Se o seu negócio já existe e você percebe que há algo errado, isto é, se mesmo fazendo tudo o que você pode ainda assim o resultado não é satisfatório, então é hora de parar olhar para dentro e para fora da empresa. Identifique seus pontos fortes e fracos olhando para dentro da empresa, e olhe para fora identificando as oportunidades e ameaças. Oportunidades é tudo que pode contribuir para o sucesso do negócio, já as ameaças é tudo que pode prejudicar. Olhar para dentro exige uma postura crítica de todas as áreas (comercial, compras, produção, pessoas, desenvolvimento, financeira e logística) identificando tudo que contribui, ponto forte, e o que não contribui, ponto fraco, para atingir os resultados esperados pelos clientes e pela gestão. A partir da clareza do que o cliente mais valoriza, deve-se analisar esse olhar para dentro e para fora e criar um plano, definindo ações que fortaleçam os pontos fortes, resolvam os pontos fracos, aproveitem as oportunidades e driblam as ameaças.
Se você pretende montar um negócio novo, a ferramenta adequada chama-se Plano de Negócio. Ele nada mais é do que uma simulação do negócio no “papel”, possibilitando conhecer a viabilidade do empreendimento, identificando se há mercado, se produzirá lucros e se o negócio vai ao encontro do perfil profissional do empreendedor.
Basicamente o plano de negócios será divido em quatro partes: análise de mercado, plano operacional, plano de marketing e análise financeira.
- Análise de Mercado
Contempla um estudo dos clientes, concorrentes e fornecedores futuros, identificando se há espaço para mais uma empresa no mercado. Estudando os clientes é preciso definir qual o perfil dos clientes, como é sua rotina, idade, o que mais gostam, a renda, onde mora e onde frequentam, e principalmente o que mais valorizam na decisão de compra. Como por exemplo, um trabalhador de baixa renda ao abastecer seu veículo escolherá o posto de combustível que possui o menor preço, sem dar grande importância para o atendimento ou para a sua localização. Ao passo aquele que possui renda alta e que possui um carro de luxo, valorizará o posto com melhor serviço de atendimento, sem importar muito o preço.
Conhecer os pontos fortes e fracos da Concorrência é importante para identificar aqueles que você precisar superar, sempre focando naquilo que os clientes mais valorizam.
Da mesma forma, também é preciso fazer com os Fornecedores, procurando desenvolver parceiros que mais lhe ajudarão a atingir o que os clientes mais dão valor.
- Plano operacional
Deve contemplar desde um layout das instalações físicas até o roteiro das operações internas para atender as necessidades dos clientes.
- O Plano de Marketing
Deverá conter ações que irão diferenciar a empresa dos seus concorrentes, focando sempre no que os clientes mais valorizam. Podendo ser o Produto ou Serviço, Preço, Atendimento, Localização, Marca, etc… Como por exemplo, se os meus clientes valorizam preço em primeiro lugar, é preciso focar em reduzir ao máximo o custo dos produtos, despesas do negócio, e uma qualidade mínima aceitável pelos clientes.
- Plano Financeiro
Envolve prever as receitas, gastos, preços de venda e lucro. Além disso, será definido o quanto o negócio precisar faturar para ter lucro e não ter prejuízo. De grande relevância será definir o capital de giro necessário para superar todas as dificuldades de caixa, prevendo sobras e faltas de recurso.
Amigos, agora que já sabemos como fazer o planejamento, coloque a coisa em prática, comece hoje a escrever um novo futuro para o seu negócio, em busca da sobrevivência e da competitividade lucrativa.
Boa sorte e até a próxima coluna.