Polícia Civil já iniciou as investigações e acredita em retaliação ao sistema carcerário
Os tiros efetuados contra a casa, moto e um carro de um casal de agentes prsionais que atuam na Penitenciária Sul, em Criciúma, deixou em alerta os servidores da segurança pública e do sistema prisional.
O caso ocorreu no início da madrugada de ontem no Bairro Vila São José, em Araranguá.
A Polícia Civil já iniciou as investigações e acredita em retaliação ao sistema carcerário, mas também não descarta o início de uma nova onda de ataques do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção criminosa enraizada dentro das unidades do estado.
Segundo o Clicatribuna, Ao todo foram oito tiros, provavelmente de revólver calibre 38, efetuados por uma dupla que fugiu em uma moto.
Duas crianças estavam em casa
O que mais chocou os agentes foi o fato de que o atentado ocorreu quando os dois filhos pequenos do casal estavam na residência. “Tenho uma menina de um ano e meio e um menino de três anos, e no momento em que ocorreu, estávamos fazendo nebulização no mais velho. Isso foi uma covardia. Nós que trabalhamos com isso sempre estamos tomando providências, mas as crianças não têm nada haver. Tenho cinco anos de sistema prisional e minha mulher seis, e nunca presenciamos algo do tipo”, lamenta o servidor.
Ele acredita que o caso foi provocado pela facção criminosa devido à atuação no complexo penitenciário. “Poderia ter ocorrido com qualquer outro agente, mas dessa vez os alvos foram nós. Vamos continuar nosso trabalho”, completa.
Para diretor foi uma surpresa
Segundo o diretor da Penitenciária Sul, Deiveison Querino Batista, nada de anormal foi constatado nos últimos dias em relação a uma possível desestabilização da segurança da unidade prisional. “Para mim foi uma surpresa. Nos últimos dias não foi notado nada de diferente que viesse a por em risco, principalmente aos agentes penitenciários. Não se sabe o que pode ter motivado essa ação, que por enquanto, segue sem justificativa”, conta o responsável.
Polícia Civil foi até Tubarão
Ainda na tarde de ontem, a equipe da Divisão de Investigação Criminal (DIC) araranguaense foi até Tubarão ouvir alguns suspeitos no presídio que retornaram da saída temporária. O delegado Jorge Giraldi, acredita que a ação tenha sido isolada e realizada para intimidar o casal de agentes prisionais, mas não descarta que a ação criminosa tenha relação com a série de atentados praticados contra agentes em novembro do ano passado.
“Já estamos em fase adiantada de investigação, no entanto não podemos divulgar muitas informações para não comprometer os trabalhos. Já ouvimos inclusive alguns presos que estavam de saída temporária e que retornaram ontem pela manhã. A única certeza que temos é que a ação é uma retaliação à função exercida pelas vítimas na Penitenciária Sul e que partiu de uma facção criminosa,” revela Giraldi.