Entre os nomes indiciados estão políticos de destaque, militares e ex-assessores presidenciais
A Polícia Federal (PF) está concluindo, na manhã desta quinta-feira (21), a lista de indiciados no inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado após as eleições de 2022. De acordo com informações apuradas pelo blog de Camila Bomfim, do g1, cerca de 40 pessoas estão na mira da PF.
Entre os nomes indiciados estão políticos de destaque, militares e ex-assessores presidenciais. A lista inclui indivíduos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, assim como nos planos revelados pela Operação Contragolpe de assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O relatório final, que segue em sigilo, deve atribuir crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa aos suspeitos.
Plano com “características terroristas” envolvia militares e policial federal
Os desdobramentos da Operação Contragolpe, realizada na última terça-feira (19), revelaram detalhes de um plano que, segundo os investigadores, possuía “características terroristas”. O esquema incluía quatro militares do Exército e um policial federal. O grupo elaborou um planejamento minucioso com informações sobre tropas, veículos e armamentos, além de itinerários dos alvos em Brasília. Eles ainda consideraram possíveis “danos colaterais” como aceitáveis.
Os mandados de prisão foram cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, e os investigados detidos incluem:
- General de brigada Mario Fernandes (reserva);
- Tenente-coronel Helio Ferreira Lima;
- Major Rodrigo Bezerra Azevedo;
- Major Rafael Martins de Oliveira;
- Policial federal Wladimir Matos Soares.
O plano teria ganhado força após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. A investigação busca aprofundar os vínculos entre os atos antidemocráticos e o suposto planejamento de golpe.
As ações investigativas seguem em sigilo, e mais detalhes devem ser divulgados no decorrer da apuração pela PF.