Pesquisadores da Satc otimizam processo de captura de CO2

Projeto de pesquisa busca essa otimização em escala piloto visando a aplicação em usinas termelétricas

Pesquisadores da Satc, por meio do Núcleo de Energia e Síntese de Produtos do Centro Tecnológico (CT) da instituição, estão pesquisando formas de otimizar o processo de captura de CO2. A iniciativa faz parte de um projeto de pesquisa que busca essa otimização em escala piloto visando a aplicação em usinas termelétricas à gás e carvão mineral.

Um dos passos dessa pesquisa foi visitar a Universidade Federal do Ceará (UFC) e usinas termelétricas da Eneva, como a Usina Pecem II, movida à carvão mineral, e a usina Termofortaleza, operada à gás natural. O objetivo da visita foi realizar o levantamento de dados técnicos das usinas para implementação de parâmetros de entrada de testes experimentais.

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“Estamos na segunda fase desse grande projeto junto com a Eneva, em parceria com a Universidade Federal do Ceará. O valor do projeto ultrapassa os R$ 8,8 milhões, sendo que o nosso objetivo é atingir uma eficiência de captura acima de 90% com um custo de captura abaixo dos US$ 40/ton de CO2 capturado”, detalha o coordenador do projeto, pesquisador e líder do Núcleo de Energia e Síntese de Produtos do CT Satc, Thiago Aquino.

Além de Aquino, também encabeçam o projeto, os pesquisadores Pedro Moura e Flavio Bianchi. É um estudo, que segundo os pesquisadores, pode resultar em impactos positivos no processo de captura de CO2. “É uma pesquisa complexa, na qual precisamos de dados reais das empresas parceiras para adequar os nossos processos em escala piloto. Por isso, optamos por viajar e pegar estes dados diretamente com as equipes de operação das usinas”, acrescenta Bianchi.

A equipe tem até o final de 2024 para rodar a planta e testar o desempenho da tecnologia. “A ideia, para concluir o projeto, é verificar a possibilidade da utilização do gás de exaustão ou até mesmo uma extração de uma fração do vapor da turbina de baixa pressão do ciclo combinado (gás e vapor) para a regeneração de CO2 no processo de captura”, finaliza Moura.

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Em caso de sucesso nas operações da planta e também nos valores obtidos para a captura, a próxima etapa é instalar uma unidade de demonstração em uma das usinas da Eneva a fim de obter uma operação contínua.