Aliando problemas práticos e a indústria, aluno conseguiu economizar 50% na produção
Trazer problemas reais da indústria para serem discutidos em sala de aula. Na Satc, o Mestrado Profissional em Engenharia Metalúrgica tem esse objetivo. Uma pesquisa desenvolvida no curso reduziu em 50% o custo na produção do aço em uma indústria. O trabalho foi realizado pelo acadêmico Lucas Cunha, que trouxe essa experiência para os laboratórios da instituição, e aplicou na empresa em que trabalha.
“As disciplinas estão relacionadas a vertentes do ramo da metalurgia. Imagina-se que metalurgia é conformar chapas e verter metal para dentro de um molde. Mas na verdade é um ramo muito amplo e responsável por vários setores da indústria. Em algumas oportunidades foi utilizada a estrutura da instituição para nos mostrar o que de fato ocorre na prática”, destaca Cunha.
A Satc disponibiliza aos alunos laboratórios de usinagem, soldagem, forjamento, fundição, análises de materiais, metalógrafa, metrologia, além de laboratórios de informática. “Eu utilizei principalmente os de Ensaios Mecânicos e Microscópio Eletrônico de Varredura, ambos com equipamentos impecáveis que utilizamos na indústria, tive muito aproveitamento e alguns transtornos também, mas foram resolvidos”, explica o acadêmico.
O acadêmico estudou a composição química original do aço, fez a troca de elementos considerados caros por substâncias baratas, chamadas de terras raras, que possuem o mesmo efeito. Com os estudos, ele conseguiu reduzir em até 50% o custo neste trabalho. “É possível utilizar esses elementos no ferro fundido em percentuais definidos, sem que ocorra o efeito de decomposição do puro carbono que pode ser visto somente com microscópio. A redução pode ser maior que 50% se comparados com as outras composições químicas convencionais”, afirma.
O mestrado tem como um dos objetivos resolver problemas do mercado de trabalho. “É baseado em solucionar questões específicas de dentro da empresa, melhorar o processo, o produto e desenvolver tecnologia em parceria com as empresas da região, dessa forma conseguimos alavancar o cenário industrial, inclusive o nacional”, comenta o coordenador do Mestrado Profissional, Anderson Daleffe.
Os alunos terminam o período de aula em um ano e começam a desenvolver as dissertações. “Neste momento é que trazem os problemas das indústrias e formam as parcerias para resolver, é a escola e a indústria juntos. Os acadêmicos usam os laboratórios de pesquisa da faculdade, desenvolvem e testam as soluções. Após testar aqui na escola, aplicam na indústria, dessa forma obtém a resolução dos problemas”, destaca Daleffe.