Aproximadamente cinco mil pescadores artesanais do complexo Lagunar sobrevivem da pesca de camarão. Até o próximo dia 15, eles poderão realizar as suas atividades e, depois desta data, os trabalhos estarão suspensos até 15 de novembro, quando a época de defeso se encerra. O complexo Lagunar abrange os municípios de Laguna, Imaruí, Pescaria Brava, Imbituba e Jaguaruna.
O defeso tem como objetivo a proteção dos camarões jovens em fase de recrutamento e desova. O pescador que descumprir o período está sujeito à multa e não poderá realizar a atividade da pesca. A técnica utilizada para a captura do crustáceo na região é a rede, conhecida como o aviãozinho.
Conforme a presidente da União das Associações de Pescadores da Ilha, Maria Aparecida dos Santos Ramos, a poluição das águas é a grande antagonista da boa pesca nos últimos anos. “A poluição tem comprometido os trabalhos dos pescadores artesanais, além disso, esta função é a única fonte de renda dessas cinco mil pessoas. A situação também torna-se complicada quando ‘pescadores profissionais’ e amadores ultrapassam os limites das atividades que deveriam pertencer só aos servidores artesanais”, observa.
A presidente relata que em 2002, um documento com proposta normativa foi encaminhado para o Ministério da Pesca e do Meio Ambiente para solucionar a situação dos pescadores profissionais e referente à poluição das lagoas, entretanto passaram-se 13 anos e nenhuma resposta foi enviada para a associação.
O que fazer neste tempo
O defeso inicia no próximo dia 15, porém a data para pedir o benefício junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), enquanto não se pode realizar a pesca, começou na última segunda-feira.
Com informações do joranl Notisul