Entre os principais desperdícios estão vazamentos, indica a concessionária. No total, 200 cidades catarinenses são atendidas pela entidade no estado
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) divulgou o relatório de perdas de abastecimento por problemas em tubulações no estado. Conforme os dados, 33% da água disponibilizada para uso pela empresa é perdida na distribuição, em encanamentos com problemas estruturais. O documento foi concluído na sexta-feira (13).
A responsável pela divisão de planejamento comercial da Casan, Andréia May, explica que neste percentual estão incluídas as perdas aparentes e as reais. O primeiro grupo corresponde a questões relacionadas à parte comercial da empresa, como fraudes. Já as perdas reais são referentes a problemas de vazamentos e na tubulação, o que corresponde a 60% da água tratada desperdiçada, segundo média nacional
Andréia ressalta que o índice do estado é menor do que a média do Brasil, que chega a 37% de desperdício de água tratada, mas o objetivo é reduzir as perdas catarinenses. "Nós estamos contratando uma consultoria para diminuir esta situação das perdas", disse o presidente da empresa Valter José Gallina.
Investimentos
Conforme o G1 SC, a Casan também pretende investir R$ 40 milhões em macromedidores, que são aparelhos que calculam a perda de água, pela comparação da pressão no momento do fornecimento com a que circula nas tubulações subterrâneas.
A licitação deve sair em maio. Com o valor, 700 macromedidores devem ser adquiridos. Conforme o presidente, o deficit estadual é de 950 macromeditores nos canos subterrâneos.
"As interseções das tubulações, geralmente a cada 6 metros, sofrem a pressão da terra. O encanamento é subterraneos e embaixo de rodovias, geralmente. Passa onibus, caminhões e, como o passar do tempo, há um desgaste", disse Gallina.
Dados nacionais
Nacionalmente, o Ministério das Cidades afirma que o Brasil perde, em média, 37% da água tratada fornecida por problemas de manutenção de tubulação. Os dados são de 2013. Em Santa Catarina, naquele ano, a informação era que, também, 33% do que era distribuído era perdido nos encanamentos com problemas estruturais.