O evento foi realizado na Rua da Gente, ao lado do Parque das Nações
Mais de três mil pessoas participaram na tarde de ontem (domingo, 10), da 4ª edição da Parada LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, trans, queers, pansexuais, agêneros, pessoas não binárias e intersexo) de Criciúma. O evento foi realizado na Rua da Gente, ao lado do Parque das Nações, e contou com apresentações de artistas locais, estaduais, além de trio elétrico.
Giovana Mondardo, vereadora de Criciúma (PCdoB) e uma das organizadoras da Parada LGBTQIA+ da cidade, explica que o objetivo do evento foi reivindicar pelos direitos do movimento e celebrar o que já foi conquistado até o momento.
“Mesmo passando junho, que é o mês do orgulho LGBTQIA+, comemoramos agora em Criciúma não só para mostramos que podemos ser uma cidade colorida, mas também reivindicar em prol dos direitos. Tem muita coisa a ser feita ainda, por isso não podemos nos calar. Precisamos dar um basta no preconceito”, destacou Giovana Mondardo.
A criciumense Naiana Nunes Mendes, mais conhecida como Neka, de 43 anos, participou Parada LGBTQIA+ de Criciúma e considera o evento uma grande conquista para a cidade.
“Para mim, isso é um momento histórico. Há 30 anos, quando eu me assumi gay, era tudo muito difícil. É incrível ver o respeito sendo conquistado pelo movimento e todas as outras evoluções. Antigamente, um simples gesto de carinho no meio de uma multidão, era um grande motivo para sermos alvo de ataques”, pontuou.
Colorido, diverso e seguro
O clima de festa e bom humor dos participantes do evento iniciaram ás 14h do domingo, com caravanas de Sombrio, Araranguá, Tubarão, Florianópolis e Chapecó. Para garantir a segurança, equipes da Polícia Militar (PM) e Diretoria de Trânsito (DTT) se deslocaram até o ponto de concentração das pessoas, que também contou com a presença de crianças, simpatizantes e casais heterossexuais.
Podemos definir o evento nas seguintes palavras: colorido, diverso, multirracial e multicultural. Tem pessoas que gostam de rock, de jazz, de funk, de samba, mas participaram porque sabem que independente das divergências adversidades, foi um momento para celebrar a vida. Que possamos nos unir cada vez mais”, enfatizou a vereadora Giovana.
“É um dos melhores eventos para vender”
Gabriela Nunes, de 24 anos, é ambulante e natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul (RS). Para ela, a Parada LGBTQIA+ é uma das maiores oportunidades de faturar dinheiro. Mãe de dois filhos trata-se da única renda mensal que garante o sustento da família.
“É um dos melhores eventos para vender”, destacou Gabriela. “Eu vim para cidade junto com meu esposo, na intenção de faturar dinheiro no jogo de Criciúma e na Parada. Posso dizer que o movimento LGBTQIA+ valoriza muito os trabalhadores ambulantes”, acrescentou a vendedora.
Com informações do TNSul