Iniciativa encerrou hoje os encontros na Escola Luiz Lazzarin, no Rio Maina
Bullying, violências, trabalho infantil, direitos humanos, equidade de gênero e cultura da não violência. Para desnaturalizar a violência, o projeto de extensão da Unesc “Adolescência e Cidadania: desnaturalizando a violência com jovens do Ensino Médio de Criciúma” realiza oficinas, desde 2012, em escolas públicas de Criciúma, com adolescentes do segundo ano do Ensino Médio.
“Desnaturalizar a violência é um processo lento e educativo, que visa mostrar aos adolescentes que diversas situações e condutas vivenciadas em seu cotidiano, tidas como “normais” são na verdade vitimizadoras e causam diferentes danos, além de violarem o direito fundamental a uma vida digna e livre da violência”, relata a professora Sheila Martignado Saleh, coordenadora da ação.
Uma troca de conhecimento
“No início eles não entendem muito e ficam aguardando que passemos o conhecimento, mas o que queremos é que eles tragam sua realidade”, conta o aluno de Psicologia da Unesc Maurício Lopes da Silva, um dos ministrantes dos encontros.
E isso acaba ocorrendo, como foi em uma das oficinas ao se falar sobre trabalho infantil. “Um aluno disse que se não estivesse na rua ajudando seu pai e sua mãe a catar latas, eles não teriam o que comer. A realidade as vezes é complicada de lidar”, conta Maurício, que compreende a complexidade do assunto e que todos são vítimas, pais e filhos.
Violências
Ao trabalhar com as diversas violências, sejam elas física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial, os adolescentes relatam o seu cotidiano e, em uma das escolas que a estudante de Direito Lahys Sandy Antony Barbosa ministrou a oficina, ela se suprendeu com o que percebeu. “Os estudantes mostraram que o bullying era inverso, dos alunos para com os professores”, comenta.
Lahys explica que todas os encontros são acompanhados por professores que, quando necessário, encaminham as demandas.
Escola
Nesta segunda-feira (14) o projeto da Unesc encerrou a ação na Escola Básica Luiz Lazzarin, no Rio Maina. E na sexta (18) inicia no Colégio Estadual Heriberto Hülse, na Próspera. Lá serão três encontros, dias 18, 21 e 28 de setembro, das 9 às 10 horas.
O projeto conta ainda com a participação dos professores Ismael Francisco de Souza e Karin Martins Gomes. A atuação junto à comunidade regional é uma preocupação da Unesc, uma Universidade Comunitária, sendo que a ação integra as atividades de extensão da UNA CSA (Unidade Acadêmica de Ciências Sociais Aplicadas), por meio da Propex (Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão).
Colaboração: Davi Carrer / Comunicação Unesc
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