Uma jornada de luta “pelos direitos dos italianos no exterior” foi convocada pelo Maie – “Movimento Associativo Italiani all’Estero” em toda a América Latina no dia 7 de abril. No Brasil, foram organizadas manifestações em cidades como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro; na Argentina, em Buenos Aires, Mendonza, Rosário, Córdoba, entre outros, também da República Dominicana, Santo Domingo, Costa Rica, México, Panamá e Montevidéo, no Uruguai.
As manifestações foram convocadas pelo fundador e presidente do Maie Ricardo Merlo, que é deputado italiano. Merlo acentua que “um dos países mais atingidos é o Brasil”. Foi a primeira etapa de uma série de ações que podem incluir também processos judiciais coletivos, ainda em estudo. O movimento foi comunicado em língua italiana e espanhola a todas as instâncias do partido e à imprensa.
Segundo o parlamentar, a movimentação será também em favor dos funcionários e dos cônsules que “são vítimas tanto quanto nós” e que, com a estrutura de que dispõem, não conseguem realizar um trabalho à altura das exigências mínimas e necessárias. Eles – e aí se incluem também a rede de cônsules e vice-cônsules honorários, além de agentes e correspondentes consulares – “não dispõem dos meios necessários para trabalhar”, disse Merlo. O Maie está estudando formas de garantir o direito dos ítalo-descendentes através de medidas judiciais.
Em Curitiba, onde reside o coordenador nacional do Maie, Luis Molossi, compareceram varias pessoas em frente ao consulado, e em Porto Alegre, o cônsul Nicola Occhipinti desceu para a rua em apoio às reivindicações em favor do reforço dos recursos humanos dos consulados.
Representante de Orleans no protesto
O orleanense e vice-presidente da Associazione Veneta di Orleans e Regione, Alexandro Veronesi, é cidadão italiano e é membro do MAIE a cerca de 10 anos, atuando na luta pelo direito dos descendentes a reconhecerem a cidadania italiana. Segundo Veronesi ?hoje são de 7 a 10 anos de espera para o descendente reconhecer a cidadania, além de ter que pagar uma taxa de 300 euros no ato da entrega dos documentos e agendar passaporte italiano e uma tarefa quase impossível“.
Veronesi participou da manifestação em Curitiba em frente ao Consulado Geral da Itália e destaca: ?sou cidadão italiano e luto pelo que acho que é certo, o governo italiano precisa acabar com a fila de espera para o reconhecimento da cidadania italiana dando condições aos consulados e agências de atenderam a demanda de pedidos, conheço bem as condições do Consulado de Curitiba a da rede consular do sul de Santa Catarina e sei das dificuldades enfrentadas por eles. Se cada um fizesse sua parte, tudo seria diferente“, concluiu.
Com informações do Portal Engeplus