Ação foi deflagrada ainda em 2022 e prendeu ao menos 15 prefeitos do estado. Investigação apura esquema de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e outros crimes.
A 5ª fase da Operação Mensageiro, deflagrada nesta segunda-feira (29), prendeu o prefeito e o vice-prefeito de São João do Itaperiú, Clézio José Fortunato (MDB) e Jaime Antônio de Souza (PL), respectivamente. O deputado estadual Emerson Stein (MDB) também foi alvo de mandado de busca e apreensão.
A ação, deflagrada ainda em 2022, prendeu ao menos 15 prefeitos em Santa Catarina e apura um esquema de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro nos setores de coleta de lixo, de abastecimento de água e iluminação pública no estado.
A investigação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e nesta nova fase teve “sigilo cinco” decretado – o mais alto grau determinado pela Justiça de Santa Catarina.
No total, são cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e dezenove de busca e apreensão nesta segunda. Uma das prisões foi cumprida no estado de São Paulo, de acordo com o Ministério Público (MPSC). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também presta apoio na operação.
As ordens que deram origem a 5ª fase da Mensageiro são relacionadas a infrações que teriam ocorrido em uma cidade do Vale do Itapocu e outra na Região da Foz do Rio Itajaí.
A prefeitura de Porto Belo, no Litoral Norte, também é alvo de mandado de busca. A cidade já foi comandada pelo hoje deputado Stein.
Em nota, a prefeitura de São João do Itaperiú informou que colabora com os agentes na entrega de documentos e aparelhos eletrônicos.
“O prefeito Clézio José Fortunato declara que está tranquilo com a resolução do caso e disposto a colaborar nos próximos passos da investigação”, informou o município.
A reportagem tenta contato com os três políticos alvos nesta segunda-feira. Até a última atualização deste texto não houve retorno. O município de Porto Belo também não se manifestou.
Mensageiro
A investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) começou há cerca de um ano e meio, após delações premiadas, rastreamento de celulares e apurações de documentos. Na 1ª fase, em 6 de dezembro de 2022, quatro prefeitos foram detidos.
Já na 2ª fase, em 2 de fevereiro de 2023, dois prefeitos foram presos. Na 3ª fase, o prefeito de Tubarão teve o mandado de prisão preventiva cumprido junto com o vice. Na 4ª fase, foram presos oito chefes do executivo municipal.
Com informações do g1 SC