A ação dá continuidade a uma investigação iniciada em janeiro de 2022 que apura corrupção, fraudes em licitações e desvio de recursos públicos
Nesta terça-feira (5), uma operação mirou um esquema de corrupção no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Mais de 50 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Santa Catarina e outros seis estados, além do Distrito Federal.
A operação, chamada Rolo Compressor, foi conduzida pela Polícia Federal, Receita Federal e Controladoria-Geral da União. A ação dá continuidade a uma investigação iniciada em janeiro de 2022 que apura corrupção, fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, envolvendo funcionários do DNIT no Paraná.
Foram executados 54 mandados de busca nas cidades de Florianópolis e Itajaí, em Santa Catarina, e em Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rondônia, São Paulo e no Distrito Federal. As ordens judiciais também incluem o bloqueio de bens, veículos de alto valor e ativos financeiros.
A investigação revelou que, entre 2011 e 2022, servidores do DNIT teriam recebido propinas de empresas com contratos públicos. “Constatamos que alguns servidores apresentavam patrimônio incompatível com a renda, como um engenheiro que viu seu patrimônio passar de R$ 100 mil para R$ 2,9 milhões em 10 anos”, explicou Leandro Cavichioli Peixoto, auditor fiscal da Receita Federal.
Além disso, foram descobertas fraudes em licitações, contratos com falhas graves e atos de corrupção na supervisão de obras. A Receita Federal identificou que empresas de fachada ligadas aos servidores foram usadas para lavar dinheiro, sem capacidade operacional ou funcionários.
A operação envolveu 239 policiais federais, 12 auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal e servidores da Controladoria-Geral da União.