Operação está sendo realizada na manhã desta segunda-feira, 13, e foi confirmada pelo delegado da Polícia Civil do município, Ulisses Gabriel
A Polícia Civil de Santa Catarina, através da Delegacia de Polícia de Urussanga, no Sul do Estado, em atuação conjunta com a 3ª Promotoria de Justiça de Urussanga, desencadeou a operação “Hera” na manhã desta segunda-feira, 13, que apura possíveis crimes no âmbito da Fundação Ambiental Municipal de Urussanga (FAMU), especialmente os crimes de extravio ou sonegação de documento público, corrupção passiva, prevaricação, crimes ambientais e organização criminosa.
Estão sendo cumpridas 18 buscas e apreensão, sete afastamentos cautelares de função pública, duas prisões temporárias e quebra de sigilo de aparelhos telefônicos, para a colheita de indícios e provas. Empresas privadas, residências de particulares e servidores, além de duas secretarias municipais, setor de licitações e FAMU, são alvos da operação.
A partir de agora serão ouvidas 40 testemunhas. O valor dos contratos que estão sendo investigados giram em torno de R$1 milhão.
Aproximadamente 85 policiais civis das regiões de Laguna, Tubarão, Araranguá e Criciúma, Gaeco de Criciúma e a coordenação da Delegacia de Polícia de Urussanga estão participando da “Hera”.
Apuração dos possíveis crimes
Logo após o início das apurações, constatou-se a suspeita da possível prática de mais crimes no âmbito do município de Urussanga, com a participação de membros do Poder Legislativo de Urussanga. Ao longo da investigação, foram identificados possíveis crimes de peculato, extravio ou sonegação de documento público, corrupção passiva, prevaricação, crimes ambientais, crimes licitatórios, advocacia administrativa e organização criminosa.
O nome da operação
O nome da operação, “Hera”, foi escolhido em referência a grande deusa da natureza, fazendo referência ao início das investigações junto à Fundação Ambiental.
Vice-presidente da câmara de vereadores é preso
O vice-presidente da Câmara de Vereadores de Urussanga, Rozemar Sebastião (PDT), foi preso na manhã desta segunda-feira, 13, por posse irregular de arma de fogo. Ele acabou sendo preso após o início da Operação “Hera”, que foi desencadeada nesta segunda-feira, e que teve como um de seus alvos a Câmara de Vereadores. Ele também foi afastado do cargo na operação.
Outros dois vereadores foram afastados do cargo: o presidente da câmara Odivaldo Bonetti (PP) e Fabiano de Bona (PSDB). A operação apura crimes no setor público da cidade como o extravio ou sonegação de documento público, corrupção passiva, prevaricação, crimes ambientais e organização criminosa.
A partir disto, o vereador Elson Roberto Ramos (MDB) deve assumir a Câmara por ser o 1° secretário. “À tarde (segunda-feira, 13), a câmara será notificada pelo delegado sobre esses três vereadores afastados e, pelo regimento interno, ela me intima para ser o presidente”, afirma Ramos. “É um caso novo na cidade. Agora que eu estou vendo com a parte jurídica sobre o regimento interno, se eu posso dizer ‘não quero’”, conta.
Elson afirma que não está preparado para ser presidente interino da câmara. “Estou preparado para ser presidente, só que nessa situação, não. Eu gostaria de ser uma presidente eleito pelos outros vereadores e que comanda a casa por um ano todo. É uma situação chata assumir no afastamento de um presidente”, conclui.
Presidente da Fundação Ambiental é afastado do cargo
Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Urussanga, três servidores públicos, da Fundação Ambiental Municipal de Urussanga (Famu) e educação, foram afastados dos cargos na manhã desta segunda-feira, 13, na Operação Hera, que se trata de uma investigação da Polícia Civil que apura crimes no setor público na cidade. Um dos afastados é o presidente da Famu, Eric Donato Velho.
Foi tentado entrar em contato com o prefeito interino de Urussanga, Jadir Nandi, mas ele preferiu não falar sobre o caso devido aos desencontros de informação sobre os afastamentos.
Confira a nota oficial da Prefeitura de Urussanga
”Informamos a toda população de Urussanga que a operação executada nesta manhã (13/12), pela Polícia Civil, o Município de Urussanga está colaborando e oferecendo todos os documentos solicitados, neste momento, para o completo esclarecimento do caso.
O Governo Municipal se coloca ao lado da transparência, facilitando o acesso a toda documentação solicitada e está colaborando com a investigação.”, finaliza.
Matéria atualizada às 13h49 para acréscimo de informações