Um conserto complexo, realizado em meio a lavouras de arroz, evitou que pelo menos 300 mil pessoas fossem afetadas pelo desabastecimento de água durante a semana em Criciúma e região.
A operação de conserto foi realizada quarta-feira e quinta-feira (2 e 3), por três instaladores hidráulicos da Casan, especialistas neste tipo de trabalho. Com auxílio de uma retroescavadeira, eles estancaram o vazamento na adutora de 1.000mm que conduz água bruta desde a Barragem do Rio São Bento até a comunidade de Picadão, município de Nova Veneza, numa extensão total de 12 quilômetros.
O trabalho foi complexo pois teve de ser realizado sem interromper o abastecimento da região, com a adutora em carga e com a vazão a pleno. “Nessas circunstâncias, não há a possibilidade de errar”, diz o superintendente Regional Sul-Serra, Vilmar Bonetti. No primeiro dia, a retroescavadeira abriu uma vala de aproximadamente 5 metros de extensão por 4 metros de profundidade, nos dois lados da estrutura de aço. No segundo dia, equipamentos motobombas sugaram a água da vala para que os instaladores começassem a estancar o vazamento que havia na parte inferior da tubulação.
A Barragem do São Bento é monitorada eletronicamente por 24 horas, o que permitiu no início da semana passada identificar a existência de um provável vazamento. Como a pressão da água na adutora é muito grande foi possível perceber borbulhas na superfície, apontando o local provável a ser consertado. “Se o furo ocorresse na parte de cima da adutora, a água poderia subir a até 30 metros de altura”, compara Alessandro Rabello, chefe da Agência Casan de Criciúma. “A pressão de uma adutora de 1 metro de diâmetro é muito forte.”
Em operação desde 2005, a Barragem São Bento abastece as populações de Criciúma, Maracajá, Nova Veneza, Forquilhinha, Siderópolis e 75% do município de Içara.
Colaboração: Comunicação GCS