As sentenças variaram entre 18 e 22 anos de reclusão em regime fechado
Após três dias de julgamento, o Tribunal do Júri de Tangará, em Santa Catarina, condenou oito pessoas pela morte do policial militar Marcos Alberto Burzanello, ocorrida há dois anos. As penas do grupo totalizam 124 anos e três meses de reclusão. Burzanello foi espancado e alvejado na perna esquerda, atingindo a veia femoral, durante uma tentativa de intervir em uma briga enquanto estava de folga.
O julgamento, encerrado na quarta-feira (30), trouxe detalhes sobre o crime, que ocorreu em 3 de dezembro de 2022. Conforme o Ministério Público (MPSC), o policial foi atacado com socos, chutes, pedras e garrafas, sendo imobilizado ao ponto de não poder reagir. Durante a agressão, os acusados tentaram tomar o revólver do policial, e um disparo acidental atingiu sua perna, causando grande perda de sangue. Burzanello não resistiu aos ferimentos e faleceu, deixando uma filha de quatro anos.
Imagens de câmeras de segurança mostraram os réus atacando a vítima de várias maneiras, alguns segurando-o enquanto outros desferiam os golpes, e até impedindo que seguranças se aproximassem para intervir.
Penas individuais
As sentenças variaram entre 18 e 22 anos de reclusão em regime fechado para os seis acusados de homicídio qualificado, que incluíram as agravantes de motivo fútil, meio cruel, e o emprego de recursos que impossibilitaram a defesa da vítima, além de ser um crime contra um policial.
Outros dois réus foram condenados por lesão corporal seguida de morte, com penas de cinco anos e quatro meses em regime semiaberto. O processo corre em segredo de Justiça, e os nomes dos envolvidos não foram divulgados.