Estudo foi feito em 25 escolas da Rede Municipal e apresentou pontos que precisam ser ajustados pelo Poder Público.
O Observatório Social de Criciúma, por meio da Câmara de Educação, elaborou um relatório sobre a situação das escolas municipais. Dentre as 72 escolas da Rede Municipal de Ensino, foram escolhidas aleatoriamente 25 escolas, que foram visitadas pelos voluntários da Câmara de Educação.
O objetivo foi o de conhecer melhor a realidade e obter informações, com a expectativa de colaborar com o poder público na elaboração de um planejamento de ações em prol da construção de ambientes mais favoráveis para uma educação de qualidade e melhor aplicação dos recursos públicos.
“O que fizemos foi verificar a situação organizacional das escolas municipais por meio da observação dos aspectos físicos e operacionais, ouvindo a equipe escolar, tendo como base um checklist elaborado pela Câmara de Educação”, explica a coordenadora da Câmara de Educação do OS Criciúma, Mafalda Rosso Izidoro.
Em um balanço geral, muitos aspectos positivos foram observados nas escolas, a maioria advindos do empenho e dedicação de gestores comprometidos e profissionais que amam o que fazem. Porém, há necessidades estruturais urgentes que demonstram que há muito que se fazer para melhorar a qualidade do ambiente escolar oferecido.
“Além das questões estruturais há que se dar uma atenção especial à grande evasão de alunos nos anos finais, enquanto há fila de espera no infantil e nos anos iniciais. As causas apontadas para evasão foram a procura de emprego, gravidez na adolescência ou mesmo pela falta de atrativo na educação”, ressalta Mafalda.
O relatório feito pelo Observatório Social de Criciúma foi apresentado para a Secretaria de Educação do Município, que já está ciente dos pontos a serem observados. O relatório pode ser visto na íntegra pelo site: oscriciuma.org.br.
Veja alguns dos pontos que observados pelo OS precisam ser melhorados
– Desativação de salas de atividades complementares, como artes, laboratórios, bibliotecas e até a sala dos professores, para transformá-las em salas de aula.
– Área de instalação das escolas, algumas boas (Casemiro Stachurski, José Contin Portella e Adolfo Back) e outras em área reduzida (Caetano Ronchi, Tâncredo de Almeida Neves e José Cesário da Silva – construída em um terreno com grande desnível da rua).
– Atenção urgente para três escolas: Eliza Sampaio Rovaris (Bairro Tereza Cristina), devido a um vendaval ocorrido há 3 anos, foi transferida e as obras de reconstrução estão paradas sem prazo para entrega.
Angelo Félix Uggioni (Bairro Wosocris) construída há 27 anos em madeira, está com a estrutura do telhado apodrecida com goteiras e infestação de cupins
Moacir Jardim de Menezes (Bairro Ceará): rachaduras nos corredores e o forro consumido por cupins, comprometendo inclusive a rede elétrica.
– Espaço Esportivo: Das 25 escolas visitadas, apenas três têm ginásio de esportes
– Necessidade de atenção para o modelo de educação que vem sendo oferecido e a real necessidade dos alunos;
– Das 25 escolas, 16 delas têm Laboratório de Informática e dessas, apenas 10 têm máquinas suficientes para a demanda, além da falta de professores habilitados;
– Em 7 escolas, as salas de informática foram desativadas, por conta da falta de espaço físico e foram transformadas em salas de aula;
Destacamos que o retorno da “verba emergencial” para administração em cada escola que foi solicitada por todos os gestores visitados, já está sendo encaminhado pela gestão pública.
Colaboração: Lucas Jorge / Comunicação OS Criciúma