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Obras paralisadas na Operação Águas de Prata são retomadas em Orleans

Implantação do sistema de esgotamento sanitário havia sido paralisada em meados de 2016. Ela será retomada em cinco bairros.

Fotos: Ketully Beltrame / Sul in Foco

A Ordem de Serviço para a retomada das obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário em Orleans foi assinada. Após dois anos e meio de expectativa, a espera acabou nesta quarta-feira (16). O prefeito Jorge Koch, o vice-prefeito Mário Coan, o diretor do Samae Fábio Echeli Bett, vereadores, secretários municipais, demais autoridades e a comunidade local prestigiaram a solenidade.

A Bramac Construçõs Eireli ME será a empresa responsável pelas obras nos bairros Coloninha, Tirão Comprido (margem direita), Samuel Sandrini, Otávio Dalazen e Corridas. O valor desta etapa é de R$ 475.805,43. Conforme o engenheiro civil da empresa responsável pelas obras, Rodrigo Walnier, o prazo de execução é de até dez meses, dependendo das condições climáticas.

Foto: Ketully Beltrame

Conforme o prefeito Jorge Koch, desde que assumiu a Administração Municipal de Orleans, em janeiro de 2017, teve como uma das prioridades de sua gestão a conclusão desta obra.

Os trabalhos haviam iniciado em 2014, mas foram paralisadas em abril de 2016, quando a Operação Águas de Prata foi deflagrada pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC, ex-Controladoria-Geral da União), em parceria com a Polícia Federal e a Receita Federal.

“É com muita satisfação que retomamos estes trabalhos em janeiro de 2019. Fomos muitas vezes à Funasa, Brasília e Curitiba para tentarmos alcançar esta meta. No fim de agosto, a juíza federal da Vara de Criciúma liberou judicialmente a continuidade das obras e então a Justiça Federal liberou sem prejuízo daquilo que aconteceu no passado”, ressaltou o prefeito Jorge Koch, que desafiou a empresa a finalizá-la até o dia 30 de agosto, quando o Município de Orleans completa 107 anos de emancipação político-administrativa.

O vice-prefeito Mário Coan, por sua vez, falou sobre a importância desta conquista. “Pra nós é muito bom termos recuperado os recursos e darmos continuidade à esta obra. A paralisação deu uma grande insatisfação para a população. Muitas vezes fui cobrado aos efeitos da não conclusão da obras, dos buracos que ficaram. Ao concluir a etapa deste trabalho, vamos ter um município diferenciado no que diz respeito à saúde e qualidade de vida. Quando fazemos saneamento, não beneficiamos somente aquela comunidade, mas toda a cidade. Nós também fomos prejudicados com a paralisação, pois queremos fazer a pavimentação de ruas, mas só poderemos a partir do momento em que tiver toda a infraestrutura, com saneamento e rede de água”, adiantou.

Foto: Ketully Beltrame

Ademar Duarte, do bairro Coloninha, onde as obras haviam ficado inacabadas, falou em nome dos demais moradores locais.

“Hoje é um dia de bastante alegria para a comunidade e também um dia de agradecer. Estamos muito felizes pela retomada da obra paralisada pela Justiça. Sabemos do empenho da Administração Municipal e também do Samae. Entendemos que o saneamento básico é um dos pilares importantes na prevenção e manutenção da saúde pública, da qualidade de vida e do desenvolvimento sustentável da nossa região. Por isso, a nossa gratidão aos gestores públicos”, ressaltou.

O diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto – Samae de Orleans, Fábio Echeli Bett, afirma se tratar de um grande passo, mas pontua que ainda há trabalhos a serem realizados. “Isso nos deixa muito feliz porque vamos chegar muito próximos da marca de 100% de rede coletora e de tratamento de esgoto sanitário no perímetro urbano. Ainda há alguns trechos que merecem atenção na área urbana, devido ao crescimento da população. Para alguns deles, vamos em busca de recursos externos, o restante será com recurso próprio do Samae. Em relação ao saneamento rural, a intenção neste ano é executar um projeto para o distrito de Pindotiba. Lá existe uma fossa filtro, uma rede comunitária, que atende a parte central e queremos expandir para lá e realizar um tratamento adequado”, informou.

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Relembre o caso

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC, ex-Controladoria-Geral da União) deflagrou em 2016 a Operação Água de Prata, com o objetivo de reprimir organização criminosa responsável por desvios de recursos em obras de saneamento básico do Programa de Aceleração do Crescimento, em Santa Catarina. O trabalho foi realizado em parceria com a Polícia Federal e a Receita Federal.

Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 17 de condução coercitiva. As ações ocorreram nos municípios catarinenses de Florianópolis, Criciúma, Orleans, Turvo, Jacinto Machado, Siderópolis, Cocal do Sul, Urussanga, Meleiro, Concórdia, São José, Forquilhinha, Arroio do Silva, Araranguá, Sombrio, Balneário Gaivota e Santa Rosa do Sul.

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