Uma obra de recuperação do telhado na escola Senador Francisco Benjamim Gallotti, em Tubarão, resultou em mais prejuízo. Uma das salas teve o assoalho de madeira totalmente danificado. Outras tiveram parte do piso comprometido, além de problemas de infiltração e danos a materiais de informática e livros.
O prejuízo ocorreu durante as obras para recuperar os danos causados pelo vendaval do ano passado. Segundo o relato de funcionários, o problema aconteceu por conta de imperícia da empresa contratada pelo governo do Estado para executar o trabalho.
“Eles abriram buracos na laje do terceiro andar para colocar a estrutura do novo telhado. Mas isso foi num período de muita chuva, o que acabou alagando todo o andar. Era tanta água que os funcionários chegaram a fazer uma barreira para que ela não descesse pelas escadas”, conta uma das funcionárias da escola, que preferiu não se identificar.
Por conta do acúmulo de água, os assoalhos de madeira foram os mais prejudicados. Em pelo menos cinco salas do terceiro andar, parte dos tacos ficou comprometida. E em uma delas, em particular, o dano foi completo – toda a madeira precisou ser retirada.
Agora, o terceiro andar inteiro da escola está sem condições de uso. “A intenção da unidade escolar era fazer uma pintura das salas assim que a obra no telhado terminasse. O intuito é instalar ambientes temáticos, como salas de computação. Porque o andar tinha como ser usado, tanto que recebeu os alunos do Sagrado Coração de Jesus até o fim do ano”, diz a funcionária.
De acordo com o secretário da Agência de Desenvolvimento Regional – ADR de Tubarão, Nilton de Campos, o Governo desconhece que a empresa contratada para recuperar o telhado tenha causado danos na escola. “Isso é uma avaliação que será feita pela Gerência de Infraestrutura. Se for constatado algo, haverá uma notificação”, declarou Nilton.
Conselho deliberativo e APP esperam recuperação de danos
O conselho deliberativo e a Associação de Pais e Alunos – APP do Gallotti informaram que aguardam que a empresa contratada recupere o prejuízo causado no local. “Estamos esperando que eles recuperem o estrago que foi feito, porque a obra era só para o telhado, mas eles estragaram mais que arrumaram”, disse um membro do conselho, que também não quis se identificar.
Segundo a mesma fonte, a estrutura do terceiro piso continua com vazamento. “Tem um vazamento de água há meses, que já falamos com a empresa, mas ainda não arrumaram. Faltou fiscalização”, relatou.
Oficialmente, as obras no local já foram concluídas, informou o secretário Nilton de Campos. Segundo ele, a ADR está ciente de que todo o terceiro andar do Gallotti precisa passar por reforma para que possa novamente receber alunos. “Por enquanto, o andar está desativado. Nós vamos buscar recursos para uma nova obra, mas, por enquanto, estamos atendendo questões emergenciais em outras unidades de ensino. A situação, no momento, não representa prejuízo para os alunos”, disse.
Com informações do Jornal Diário do Sul