Entre os anos de 1735 e 1739, ocorreu um conflito entre o Império Otomano e o Império Russo que ficaria conhecido nos livros de história como Guerra Russo-Turca. O motivo principal seria uma série de desentendimentos entre os dois impérios quanto ao resultado da Guerra de Sucessão da Polônia, finalizada dois anos antes do início deste conflito. No ano de 1737, a Áustria decidiu apoiar o Império Russo e entrou na guerra contra o Império Otomano. Porém, mesmo juntos, acabaram por sofrer muitas derrotas e perdas de soldados. Foi então que ambos os lados optaram por assinar um tratado de paz, chamado de Tratado de Belgrado.
O tratado foi assinado no dia 18 de setembro de 1739, em Belgrado, atual Sérvia, e tinha, de um lado, o Império Otomano e, do outro, a Monarquia de Habsburgo, que na época correspondia aos territórios pertencentes à Áustria. Além de pôr fim à guerra, o tratado trouxe ainda outro benefício: o reconhecimento do território da Circassia como uma nação independente. Além disso, garantiu que muitos territórios fossem cedidos pela Monarquia de Habsburgo ao Império Otomano. Foi um dos últimos tratados de paz escritos em latim, uma língua indo-europeia.
Como nem tudo nesse mundo são flores, houve consequências em torno desse tratado, e não foram poucas. Duas que merecem destaque foram o impacto na população e o precedente para o início de guerras futuras. Ou seja, como o tratado foi responsável por ceder muitas áreas territoriais de um império para outro, os habitantes da região foram obrigados a se adaptar às condições e à forma de política imposta pelo novo império. Embora tenha colocado fim à Guerra Russo-Turca, ele não conseguiu acabar com todos os conflitos na região, que posteriormente cresceram ou possibilitaram o início de outros focos de tensão.
Fontes consultadas: https://www.historiadomundo.com.br , https://pt.wikipedia.org ,
https://brasilescola.com.br , https://academia.lab.com
Texto escrito por Thiago Fontanela