A busca pelo Conhecimento

O rastro deixado pelo Furacão Flora

Foto – Divulgação

A história do Oceano Atlântico é repleta de eventos climáticos devastadores. Anualmente, durante a chamada temporada de furacões, que compreende entre os dias 1 de junho e 30 de novembro, é registrada a ocorrência de aproximadamente 14 tempestades que logo ganham força até se tornarem furacões. Hoje, vamos abordar o furacão nomeado “Flora”, um dos mais fortes e mortíferos já registrados em toda a história do Atlântico.

Em sua formação inicial, no dia 26 de setembro de 1963, Flora era apenas considerado uma depressão tropical fraca. Porém, ao se mover para o sentido oeste-noroeste, foi ganhando força e tamanho, e assim, em pouco tempo, foi considerado uma tempestade tropical. Em sua trajetória, continuou se fortalecendo, apresentando ventos tão fortes que acabaram transformando-o em um furacão de categoria 3 na escala de Saffir-Simpson, responsável por medir intensidades de ciclones tropicais.

No dia 30 de setembro, chegou à ilha de Tobago, trazendo fortes chuvas e causando destruição ao tocar o solo. Ao deixar a ilha, ele continuou se movendo, embora mais lentamente, mas sem perder sua força, até atingir o Haiti em 3 de outubro. Lá, causou grandes danos à infraestrutura do país com seus potentes ventos que alcançaram os 240 km/h, além de causar inundações devido ao enorme excesso de chuva que trazia consigo, resultando na morte de muitas pessoas. O Haiti é severamente afetado por eventos dessa magnitude e, na esmagadora maioria das vezes, a cena resultante após a passagem é semelhante a um cenário de guerra, pelo fato de que a situação econômica do país muitas vezes não consegue sustentar esses eventos. Seguiu para o norte e chegou a Cuba, também trazendo prejuízos e uma série de destruição devido às suas chuvas, que acabaram causando deslizamentos de terra e focos de inundações.

Depois que deixou Cuba, ele continuou se movendo lentamente, desta vez para a direção norte e, em seguida, nordeste, perdendo força gradualmente até se dissipar por completo no dia 12 de outubro de 1963. Segundo cálculos feitos dias após a passagem, ele resultou em um número impressionante de aproximadamente 7.193 pessoas mortas, além de deixar uma enorme quantidade de feridos e desabrigados.

Após a passagem do Furacão Flora, surgiu a necessidade de adotar medidas como um meio de precaução e resposta a eventos climáticos dessa magnitude. Desde então, foram implementados sistemas mais precisos e com alertas mais rápidos na área da meteorologia, para que, ao descobrirem a possível formação de uma tempestade severa, possam emitir alertas antecipados para que todos possam se precaver. Também foram colocados em prática nas escolas programas com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância de como agir em casos de emergência e começar a apostar em infraestruturas mais adequadas e que suportem eventos climáticos dessa magnitude.

 

Fontes consultadas:

https://pt.wikipedia.org

https://www.cnn.com

https://www.climatempo.com.br