A professora e colunista Ana Maria Dalsasso reflete sobre o tema e os desafios diários enfrentados na administração do tempo e a importância dele.
O ser humano, por natureza, pelo senso comum construiu através dos tempos um conceito sobre “tempo”, mas se questionados inesperadamente para conceituá-lo, aquilo que parecia tão óbvio para nós passa a ter outra conotação, pois diante da ciência a percepção de tempo tem muitas outras interpretações.
Mas, hoje aqui vamos falar sobre o tema pelo viés de como temos vivido nosso “tempo”, a partir do dia a dia, das nossas perspectivas, e quem sabe até do pensamento que um grande cientista que um dia registrou: “o tempo é o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só”.
A grande verdade é que tempo e vida se confundem. A vida tem um tempo para cada um, que deve ser vivido intensamente, valorizando cada segundo, pois ele não espera por ninguém. Um minuto perdido na vida é irrecuperável, cabendo a cada um a administração do seu tempo para que não o veja passar sem ter sido vivido. Quando criança ouvia muito dos adultos: “tempo é dinheiro”, mas não compreendia. Hoje sei da profundidade dessa sabedoria popular. Para termos o dinheiro precisamos do tempo para ganhá-lo, mas sem esquecer que existe o tempo da vida que não pode ser desperdiçado, e deve ser vivido intensamente pois é o grande presente de Deus para nos tornar melhores, aprendendo a valorizar tudo o que nos rodeia, e passo a passo construirmos nossa história, pois temos compromisso com a construção de um mundo mais humano, justo e fraterno para as futuras gerações.
Um minuto perdido na vida é irrecuperável, cabendo a cada um a administração do seu tempo para que não o veja passar sem ter sido vivido
É muito interessante os diferentes olhares sobre o tempo. Quando somos crianças o tempo custa passar; quando jovens o tempo passa normal; na idade adulta passa muito rápido, voando como dizemos; e na velhice o tempo logo desaparece. Nosso tempo aqui é finito, mas não sabemos qual a nossa cota, podendo esvair-se a qualquer momento, pois a única certeza que temos é que a morte um dia chega. Por isso, é preciso valorizar cada segundo, gastando-o de forma produtiva, evitando o desperdício do tempo com inutilidades. Viver o presente, porque o passado é apenas memória; o futuro é a projeção que fazemos no presente, e logo será passado também. E como diziam os antigos em latim: “Carpe Diem”, viver bem, aproveitar o tempo fazendo o necessário em cada momento da vida.
Vamos valorizar cada momento definindo prioridades, buscando objetivos, vivendo a vida com toda intensidade, pois ela é passageira.
Quis falar sobre a importância da valorização do tempo porque nesses últimos dias temos vivenciado grandes lições sobre o tema. Quem tem acompanhado os jogos da Copa do Mundo pôde constatar, em diversos momentos, o valor de um segundo mudando: destinos, sonhos acalentados durante anos… Uma partida de futebol tem seu tempo determinado. Não alcançado o objetivo no previsto outras situações acontecem, porém, a verdade é que há um limite, pois, o resultado é inadiável… Segundos tornam-se decisivos, e eis que um chute, no último segundo, muda o que parecia impossível.
Assim, é o tempo na vida de cada de nós. Não podemos desperdiçá-lo, pois não volta. É como uma flecha: irreversível. Vamos valorizar cada momento definindo prioridades, buscando objetivos, vivendo a vida com toda intensidade, pois ela é passageira.