Inovar não é uma opção, mas sim um caminho necessário, urgente e sem volta.
Vivemos um novo tempo e a educação tem de servir como instrumento para mudar consciências e posturas, desencadeando novas maneiras de enxergar o mundo a nossa volta e preparar o cidadão para ser produtivo, porque neste novo modelo de sociedade não há mais espaço para o professor apenas transmissor de conteúdo, mas sim para aquele que sabe adequar seus ensinamentos à realidade e às necessidades do cidadão do futuro, desenvolvendo novas habilidades e competências para a inserção num mercado de trabalho modificado pela tecnologia.
Faz parte do passado o tempo em que aprender significava receber informações transmitidas por detentores do conhecimento. Hoje com a velocidade da comunicação, a informação chega a qualquer parte do planeta e acessível a um simples clique de um mouse. Não é mais possível ignorarmos essa ferramenta no ensino, havendo urgência de as escolas e professores se adaptarem ao novo perfil de crianças e jovens, cujo dia a dia não mais faz sentido se não for integrado à internet. Estamos vivendo a era da informação, também chamada de quarta revolução industrial ou indústria 4.0, e é preciso urgentemente modificar o papel dos professores, alunos, pais e administradores para adaptarem-se ao novo modelo de sociedade. O profissional da educação precisa usar a experiência do cotidiano e transformar suas aulas em laboratório, lançando mão das mais diversas estratégias para garantir a aprendizagem, e com postura reflexiva, analisar a própria prática e efetuar ajustes e melhorias em seu trabalho.
O professor deixa o papel de transmissor de conhecimento para transformar-se em “um aprendiz especialista, responsável para guiar outros aprendizes numa comunidade de aprendizagem”. O aluno passa a ser o protagonista do processo e o professor o mediador, que precisa se reinventar e nele desenvolver competências, desde o desenvolvimento do pensamento crítico, liderança, resolução de problemas, até a flexibilidade para trabalhar com pessoas diferentes. O aluno aprenderá como estudar, como aprender melhor, como pesquisar, como e onde buscar informações. E o professor terá de dispor de ferramentas para ensinar. Os alunos de hoje, de educação infantil a ensino superior, nasceram e cresceram em ambiente digital, os chamados nativos digitais. No entanto, professores resistem à mudança, as escolas não se estruturam e o aluno se desencanta. É impossível ensinar alunos que têm formas de raciocinar e agir tão diferentes de seus professores. Ou a escola muda ou será um local de alienação.
Mas, o que é necessário ao professor para adequar-se ao novo perfil do aprendiz? O professor precisa superar a exclusão digital e incluir a tecnologia em seu dia a dia, desapegar-se do tradicional, abrir-se para o novo; ter coragem de avançar, saber dialogar, aprender a aprender, fazendo da tecnologia uma aliada. Inovar não é uma opção, mas sim um caminho necessário, urgente e sem volta.