As rebeliões ocorridas nos últimos dias nos presídios levam-nos mais do que nunca a refletir sobre o quanto somos carentes de segurança e quão falhas são as leis em nosso país, que em nome dos ditos “direitos humanos” protegem o bandido e deixam morrer o cidadão de bem, o pobre que aguarda arrastando-se pelos corredores de hospitais, ou nas filas do SUS a espera de médicos que não vêm ou que chegam, batem o ponto e somem, ou mendigando medicamentos que sumiram das prateleiras. No Brasil, bandidos têm tratamento “cinco estrelas”, considerando-se os gastos que impõem aos cofres públicos abastecidos com o nosso dinheiro.
O mundo do crime em nosso país transformou-se no mais bem sucedido comércio, pois todos nós sabemos que as facções criminosas contam hoje com um número significativo de representantes, dentro e fora das prisões, formando um “verdadeiro sindicato” no comando de rebeliões, fugas, assaltos, sequestros, assassinatos, e especialmente no tráfico de drogas, onde têm o maior faturamento.
Por essa razão, as facções aqui fora disputam o controle dos presídios. O ocorrido em Manaus mostrou-nos que, enquanto o país continua desorganizado em suas ações e atitudes, os bandidos se organizam e dominam tudo: brigam por rota de tráfico, possuem armas mais poderosas que os policiais, têm um sistema integrado de comunicação, recebem visitas, possuem celulares melhores dos que o do cidadão aqui fora que trabalha, fazem suas próprias leis, e respeitam-nas, pois bandido que foge às normas é bandido morto. O que falta às nossas leis…
Em meio a todo esse caos questionamo-nos: onde está a falha? Por que se chegou a tal situação? É simples: as organizações criminosas vêm de longa data e foram tomando corpo. O Estado fechou os olhos, pela incompetência de gestão. As coisas foram acontecendo, dentro e fora dos presídios e, o bandido foi se fortalecendo a tal ponto de hoje amedrontar a nação inteira. Mas, quais seriam as razões? Quem está por trás de tudo isso?
Discutir a quem interessa toda essa situação não é difícil, mas aqui não tenho espaço para tanto. Sugiro que leiam, pesquisem e encontrarão as respostas, mas preparem-se para grandes surpresas.
A crise que hoje vive o modelo de segurança pública é resultado de uma gestão prisional ineficiente, com falta de planejamento em longo prazo, verdadeira incompetência, seguida ainda pela instituição dos tais “direitos humanos”, que favorecem o bandido deixando à mercê da sorte o cidadão que trabalha.
Falar em indenização às famílias dos bandidos mortos, além de provocar a ira da população é um desrespeito total à nação, mas em especial àquelas famílias que foram vítimas desses bandidos. Quantos assassinatos, estupros, roubos praticaram? Qual foi a indenização para as famílias que tiveram suas vidas marcadas por esses monstros?
Lamenta-se a morte de setenta e poucos vermes humanos, e esquece-se que por dia são cometidos quase 200 assassinatos, um número sem fim de roubos, e a cada 11 minutos um estupro acontece. E temos de ouvir que o “Estado é responsável pela integridade física e moral do preso”, como reza a Constituição.
É demais para qualquer cidadão de bem. Como diz o velho provérbio: “Bandido bom é bandido morto”.