No dia 19 de setembro de 1985, às 07h19, a Cidade do México vivia mais um dia normal. Entretanto, em uma pequena fração de tempo, esse dia se tornou um dos piores que a capital e o país já enfrentaram. Um sismo de magnitude 8,1 na escala Richter causou um tremor de terra instantâneo, abalando a Cidade do México e outras regiões do país. Conforme os registros da época, o epicentro ocorreu no mar de Michoacán, a aproximadamente 422 km da capital.
O cenário após o sismo era terrível. Muitas pessoas vieram a óbito (entre 5.000 e 45.000), houve desabastecimento de água e energia para milhões de usuários, muitos prédios desmoronaram e várias residências sofreram sérios danos. O tremor foi tão intenso que foi sentido em lugares distantes da capital, como Houston, nos Estados Unidos, e partes da Guatemala, onde acabou contribuindo para o surgimento de um tsunami. Esse evento provou que o país não estava preparado para tremores de terra dessa magnitude, e, com o passar dos anos, novas medidas foram implementadas para a preparação e evacuação em casos de emergência.
O processo de recuperação no país foi longo e complexo. A tarefa não foi fácil, pois a cidade contava com muitos edifícios destruídos parcial ou totalmente, e muitas residências tiveram de ser demolidas devido ao risco de desmoronamento. O governo do México ajudou na reconstrução, destinando recursos para implementar programas de habitação com o intuito de realocar aqueles que tiveram suas residências completamente destruídas e para que muitos prédios fossem reconstruídos do zero, mas com um sistema capaz de suportar outros terremotos. Vale ressaltar que as pessoas também se uniram nesse propósito de reconstrução, prestando trabalho voluntário para ajudar no que fosse preciso.
Atualmente, o México conta com o SASMEX, um sistema de alerta sísmico que está entre os mais avançados do mundo. Ele ajuda na proteção do país e dispõe de dispositivos capazes de emitir alertas caso detectem um tremor de terra iminente. Existem cerca de 96 estações sismográficas espalhadas por todo o país, que conseguem detectar com precisão ondas sísmicas e enviar os dados para centros de processamento. Quando é captado um sismo potencialmente perigoso, o sistema emite rapidamente alertas via TV, rádio, alto-falantes instalados em lugares públicos e outros meios de comunicação. O tempo estimado entre o alerta e a chegada das ondas sísmicas mais fortes varia entre 20 e 60 segundos, um tempo curto, mas suficiente para que as pessoas busquem lugares seguros, prevenindo muitas mortes.
Fontes consultadas: https://pt.wikipedia.org , https://noticias.uol.com.br , https://www.infosismosmx.com , https://bing.com