O Pensar Político, espaço reservado para análise da conjuntura política, rompe o silêncio obsequioso dos últimos meses. Acompanhamos atentamente o processo instalado de impeachment da presidente Dilma Rouseff, as pedaladas fiscais, os créditos suplementares, os argumentos de defesa e acusação.
Observamos as manobras de Eduardo Cunha (PMDB), as trapalhadas de Waldir Maranhão (PP) e as insistentes investidas de políticos, empresários e mediadores em obstruir a operação Lava-Jato. A lamúria da política brasileira virou manchete internacional. O sentimento é de que não existem mais mocinhos nesta história, todos se tornaram vilão. O descrédito é total!
Destaco, porém, alguns argumentos que já vieram à tona neste espaço:
O PT não fez nada sozinho. Tudo fez com os seus aliados, ou melhor, com seus partidos coligados e com a base do governo: PMDB, PP, PDT, PCdoB, PR e PSD.
A oposição não está imune às denuncias de corrupção: PSDB, DEM, PSB.
A inexplicável dívida de gratidão do governador Raimundo Colombo (PSD) a presidente Dilma Rouseff (PT), levou o PSD de Santa Catarina ao palanque da presidente afastada.
Todos os partidos perderam a credibilidade com a sociedade.
A ideologia partidária está enfraquecida.
O bom gestor público é aquele que coloca os interesses da cidade acima de seus projetos pessoais.
O eleitor votará mais nas pessoas e menos nos partidos.
Um grande silêncio foi necessário para que pudéssemos perceber: não podemos silenciar.
Eleições municipais
A eleição municipal será o momento oportuno para separarmos o joio do trigo. Aqueles que fazem política pautados no bem comum, daqueles que fazem política impondo o cabresto.
Coronelismo
A eleição municipal fará o eleitor identificar o perfil do candidato: gestor público ou coronel?
Conexão Capital
O deputado federal de Santa Catarina Esperidião Amin (PP) é lembrado em Brasília para assumir a presidência da Câmara dos Deputados e resgatar a credibilidade da casa. Em 1999, Esperidião Amin assumiu o governo do Estado de Santa Catarina com a missão de resgatar a credibilidade do Estado no desastroso governo de Paulo Afonso Vieira (PMDB) no episódio das letras.