Barragens são estruturas construídas pelo homem com o intuito de armazenar grande quantidade de água ou outros materiais para que depois possam ser usados para alguma finalidade. Elas devem ser muito bem construídas devido ao peso que suportarão e, posteriormente, é necessário realizar um trabalho constante de monitoramento e manutenção para que não corram o risco de rompimento.
As barragens mais comuns e conhecidas são aquelas que armazenam água com o intuito de gerar energia, prevenir enchentes ou fornecer o líquido para comunidades ao seu entorno. Entretanto, também podemos encontrar no Brasil, barragens que guardam resíduos resultantes de atividades de mineração. O estado de Minas Gerais, na região sudeste do país, é o lugar que concentra a maior quantidade dessas barragens e possui atualmente cerca de 400 desse tipo. O rompimento de uma barragem assim, além de causar óbitos, ainda gera grandes consequências ambientais e o cenário leva anos para voltar ao seu normal. Hoje, vamos abordar o rompimento de uma dessas barragens. Confira:
Em 5 de novembro de 2015, o estado de Minas Gerais e o Brasil se chocaram ao ver nos noticiários sobre o rompimento de uma barragem no município de Mariana, na região centro-sul do estado. Por volta das 3 horas da tarde, a barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, em Santa Rita Durão, distrito da cidade de Mariana, se rompeu, liberando aproximadamente 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos que percorreram quilômetros de distância.
A avalanche de lama rapidamente atingiu as residências em Bento Rodrigues, deixando centenas de desabrigados e resultando na morte de 19 pessoas. Além disso, os rejeitos da mineração chegaram ao Rio Doce, um importante curso de água do estado de Minas Gerais, contaminando-o com metais pesados e deixando sua água com uma cor marrom, visível até por imagens de satélite.
Após o desastre, o governo se mobilizou para enviar missões de resgate ao local, incluindo o Exército Brasileiro, que teve um papel crucial no socorro de vítimas, na procura de desaparecidos, bem como na limpeza e remoção de grandes quantidades de rejeitos com o intuito de conter o avanço dos danos ao ambiente. Segundo relatórios, o rompimento foi causado por problemas de drenagem na barragem, além de pequenos abalos sísmicos que ocorreram no momento e causaram a ruptura da barragem. A empresa Samarco, pertencente à Vale e à BHP Billiton, administradora da barragem, recebeu uma multa de bilhões de reais e foi obrigada a arcar com danos materiais, bem como a compensação às pessoas afetadas.
Atualmente, depois de nove anos, o local afetado pela avalanche de lama ainda permanece sob monitoramento devido aos impactos ambientais, e a região enfrenta e enfrentará ainda muitos desafios relacionados à recuperação, devido à enorme quantidade de rejeitos que a atingiu.
Fontes consultadas:
https://pt.wikipedia.org
https://bing.com
https://g1.globo.com