Aqui, veremos um acidente nuclear ocorrido no Japão, em 2011

Foto: Banco de imagens da Agência Internacional de Energia Atômica
Acidentes em usinas nucleares são caracterizados por causarem danos significativos não apenas em suas instalações, mas também em quilômetros de terras ao redor. Geralmente, quando ocorre o vazamento de material radioativo na atmosfera ou danos no interior das instalações, é realizada uma evacuação geral em torno de toda a área da usina como forma de prevenção e segurança. Aqui, veremos um acidente nuclear ocorrido no Japão, em 2011. Confira abaixo:
O Japão é um país muito propenso a terremotos, e em 2011 não foi diferente. Um grande sismo de magnitude 9.0 atingiu a região norte do país, causando também um tsunami que invadiu muitas regiões costeiras. Entre as áreas afetadas estava a cidade de Fukushima, capital da província de mesmo nome. Esta cidade abriga uma usina nuclear chamada Fukushima Daiichi, que causou transtornos quando foi inundada pelas águas.
Com a inundação de seus geradores de emergência, fundamentais para manter o resfriamento dos reatores nucleares, estes começaram a superaquecer, resultando na fusão do núcleo e, consequentemente, na liberação de material radioativo na atmosfera. Além dessa liberação, ocorreram posteriormente uma série de explosões e incêndios devido à falta de resfriamento necessário nos reatores.
A primeira explosão ocorreu no reator 1 da usina em 12 de março, sendo tão intensa que danificou a estrutura do prédio onde o reator se encontrava. Dois dias depois, em 14 de março, uma outra explosão ocorreu no reator 3, destruindo parte do prédio. Após esses dois episódios de explosão, incêndios foram registrados no reator 4 devido a um vazamento de hidrogênio do reator 3.
Com as explosões, muitos moradores dos arredores da usina foram deslocados para longe a fim de evitar o risco de contaminação. Aproximadamente 164.000 japoneses tiveram que ser evacuados. Nenhuma morte imediata foi registrada devido à exposição à radiação; no entanto, uma pessoa morreu de câncer de pulmão anos depois, resultante da contaminação radioativa. Muitas outras mortes foram atribuídas a problemas relacionados ao deslocamento e à evacuação necessária. O desastre foi classificado na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES) como nível 7, sendo que o único acidente até então classificado nesse nível era o acidente nuclear de Chernobyl, em 1986.
Além do terremoto que gerou o tsunami que inundou a usina, outros aspectos também foram apontados como causas do desastre. Segundo a Comissão de Investigações de Acidentes Nucleares de Fukushima do Japão (NAIIC), a operadora da usina deixou de cumprir requisitos necessários para a segurança, como avaliação de riscos, preparação para lidar e conter danos à usina e desenvolvimento de planos de evacuação.
O acidente levantou questões sobre a segurança das usinas nucleares e iniciou debates sobre a aceitação da energia nuclear em vários países. Desde o desastre em 2011, a operadora da usina, juntamente com o governo do Japão, tem trabalhado para a desativação completa da usina e descontaminação de toda a área afetada, um processo longo que ainda se estenderá por muitos anos.
Fonte consultada:
WIKIPÉDIA. Acidente nuclear de Fukushima I. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_Nuclear_de_Fukushima_I Acesso em 12 mar. 2025