Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vão pedir um novo exame grafotécnico ao Instituto geral de Perícias (IGP). A definição ocorreu hoje (12), no Legislativo de Criciúma, durante reunião dos integrantes da Comissão. Conforme laudo do IGP, não foram encontrados elementos de identidade gráfico entre os materiais questionados e padrão de confronto, ficando ao critério da autoridade solicitante a apresentação ou produção de novos padrões gráficos. O laudo tem 16 fotos digitais e 21 anexos, e foi lido durante a reunião, pelo secretário Edson Aurélio (PSDB).
Do material recebido foram considerados pontos de paradas, grafismos, ataques, ligações, velocidade no traçado, espaçamento, calibre, valor angulares e curvilíneos, entre outros. “A perita relatou que foram retratados movimentos morosos, caracterizando escrita caligrafada. Vamos comparar agora documentos anteriores à data de instalação da CPI”, relatou a presidente da Comissão, vereadora Camila do Nascimento (PSD).
Segundo a presidente, depois da reunião com a perita, que deve ser no início da próxima semana, os vereadores vão encaminhar ofícios às devidas instituições, no caso Prefeitura e Unesc. “Dessa forma, queremos buscar subsídios que nos forneçam um grau elevado de segurança quando da confecção do relatório conclusivo”, reafirmou Camila.
“O que nos levou a solicitação do novo exame grafotécnico, foi a declaração da própria perita que relata que na coleta dos padrões, percebeu a alteração da pressão da escrita, da velocidade e da falta de automatismo para a realização do teste. Desta maneira solicitamos documentos para a Unesc e para a prefeitura, dos períodos em que o Miguel Mastella ocupava cargos administrativos em ambas as instituições, onde os padrões de escrita possam não ter sofrido nenhum tipo de interferência. Vale ainda ressaltar que a CPI não tem papel acusatório e nem de julgamento, e que estamos apenas buscando trazer a verdade a luz, seja ela de interesse de “A” ou “B”, nossa função é trazer a verdade, defendendo o interesse público”, comentou o vereador Silvio Avila Junior (PP), relator da CPI..
“Apesar de não ter sido conclusivo, a técnica fez menção ao fato importante que é a forma com que o examinando se comportou diante do exame. Com os documentos, vamos poder levar a grafotécnica para que possa então determinar ou não a autoria desses recibos”, emendou o vereador Dr. Mello (PT).
A nova reunião da CPI será dia 26 de março, às 14h. Fazem parte também da CPI, os vereadores Pastor Jevis (PDT), Edson Aurélio (PSDB) e Tita Beloli (PMDB). O objetivo da CPI é apurar possíveis irregularidades no convênio celebrado entre Governo Municipal e a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), referente aos supostos desvios no repasse de valores e encontro de contas das Bolsas de Estudos mantidos pelo Governo do Município.
Colaboração: Daniela Savi