A Secretaria de Planejamento de Laguna realiza hoje uma nova vistoria no Ravena Cassino e Hotel, na praia do Mar Grosso, que foi interditado na semana passada, para verificar o andamento das obras necessárias para a reabertura do local e definir o que será feito em relação ao estabelecimento.
No sábado, segundo o secretário municipal de Planejamento, Rodolfo Godinho, foi realizada uma inspeção no local pela Vigilância Sanitária, Defesa Civil e Secretaria de Planejamento, na qual foi verificado que a edificação encontra-se já ligada à rede de abastecimento de água da Casan e que a ponteira que abastecia o empreendimento foi desativada.
O secretário conta ainda que duas empresas contratadas trabalhavam na limpeza das fossas e desinfecção do sistema hidráulico do hotel. Além disso, estavam sendo executados os serviços de capina e limpeza do terreno, o recolhimento de esgoto, controle de pragas, coleta de resíduos de poda e de manutenção no sistema preventivo contra incêndios, este por uma empresa terceirizada.
“Minha percepção foi de que eles estão tentando solucionar os problemas que levaram à interdição com celeridade e que o trabalho está entre 70% e 80% pronto. Uma questão que fica pendente e que leva mais tempo em função da burocracia são os alvarás de funcionamento dos bombeiros e a licença ambiental”, aponta.
De acordo com Rodolfo, é possível que o hotel receba um alvará de funcionamento provisório, caso todas as exigências estejam efetivadas e seja firmado um acordo com a prefeitura para garantir prazos para o cumprimento do que faltar – os documentos.
“Há possibilidade de que o hotel possa reabrir para o carnaval, dependendo do entendimento do setor jurídico da prefeitura e de um acordo com este, e do que encontrarmos na vistoria que vamos executar amanhã (hoje)”, disse o secretário.
Ele pontuou que no domingo o hotel já estava totalmente desocupado, sem nenhum hóspede. “Nossa intenção não é prejudicar ninguém, mas sim garantir que o meio ambiente não seja prejudicado e que o local esteja em condições seguras de funcionamento”, completou.
O prédio do Ravena foi interditado na quinta-feira e os 162 hóspedes, a maioria da Argentina e do Uruguai, foram orientados a deixar o local até a sexta-feira. Dos 73 quartos ocupados, restaram 42 até o início da tarde daquele dia, e às 18h, segundo a prefeitura, eram 30 quartos ainda ocupados. Muitos hóspedes foram transferidos para o Atlântico Sul.
A interdição se deu devido a várias irregularidades, como crime ambiental, poluição, ligação clandestina de esgoto à rede pluvial, manipulação de alimentos na cozinha do restaurante com água de ponteira sem análise hidrossanitária, falta de licença ambiental, que estava vencida desde 2014, e de alvará de funcionamento.
A redação do DS tentou contato com o hotel na tarde de sexta-feira e no domingo, mas não conseguiu falar com nenhum responsável.
Com informações do site Diário do Sul