Educação

Nossa Língua Portuguesa

A professora e colunista Ana Maria Dalsasso resgata o tema e deixa algumas dicas interessantes aos leitores.

Foto: Divulgação

Com a aproximação do Exame Nacional de Ensino Médio e pelo número de alunos que zeraram na redação na última edição, penso serem procedentes algumas considerações sobre o uso correto da Língua Portuguesa, que além de orientar estudantes são úteis para todos nós que temos o compromisso de zelar pelo bom uso de nossa língua materna.

Ouvimos diariamente erros absurdos, até mesmo de cidadãos que se dizem letrados, mas erram nos detalhes, o que os torna ridículos. Por isso, resolvi resgatar alguns escritos que tenho e, acrescentando outros, deixar algumas dicas interessantes.

Existe hoje uma cobrança ostensiva do mercado de trabalho para que se tenha domínio de uma segunda, terceira língua para que nos tornemos mais cultos, mas antes disso é preciso que tenhamos pleno domínio da nossa língua materna.

Com o advento da internet e o uso de facebook, whatsapp, messenger, twitter e tantas outras formas rápidas de comunicação, os erros gramaticais e os vícios de linguagem proliferam-se entre os jovens, porém convém lembrar que não são apenas eles que cometem deslizes no uso da língua.

“É preciso muita atenção quando se pretende usar certos termos ou expressões para que não causem um impacto adverso”

É muito comum deparamos com profissionais que ocupam cargos de alto escalão escorregarem no uso do idioma. Às vezes parecem erros banais, mas na verdade podem comprometer a credibilidade do profissional e da empresa. São expressões que destoam e aparecem com frequência em reuniões formais, em entrevistas de emprego, em ligações telefônicas e outras situações. É preciso, pois, muita atenção quando se pretende usar certos termos ou expressões para que não causem um impacto adverso.

Exemplos para serem descartados

Imagem ilustrativa

Elencarei aqui algumas situações que comprometem seriamente a comunicação. É extremamente ridículo o uso de, por exemplo: “Fazem dez dias que viajei”, “Houveram momentos…”, pois são erros gravíssimos de concordância verbal. Outro erro imperdoável é o uso incorreto de “ao encontro” e “de encontro”, dependendo do contexto toma dimensões totalmente adversas. Fuja do “ a nível de”, “ tipo assim”, “ao meu ver”, “haja visto”, TV “a cores”, “de menor”, “por obséquio”, “vou estar enviando” e muitas outras expressões que tiram a elegância da nossa bela e culta Língua Portuguesa.

Assim, façamos uso correto da nossa língua, valorizando-a antes de qualquer outra, estudando-a para empregá-la adequadamente, usando-a para levar a todos o melhor saber possível, ensinando-a como passaporte para um mundo cheio de paz, harmonia, liberdade e sucesso tanto profissional quanto pessoal. Como dizia Graciliano Ramos ”A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.

Assim, use e abuse do idioma; ele é nosso. Mas, faça-o com responsabilidade e respeito para ganhar credibilidade do mundo que te cerca.

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